CDHU inaugura 118 apartamentos do Morar Bem, Viver Melhor em PP

Entrega das chaves do Conjunto Habitacional Antônio Manoel de Costa, no Jardim Humberto Salvador, foi realizada na manhã de ontem pela CDHU, para 94 famílias de Presidente Prudente

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 14/01/2018
Horário 14:09
Marcio Oliveira, Famílias receberam as chaves dos apartamentos na manhã de ontem
Marcio Oliveira, Famílias receberam as chaves dos apartamentos na manhã de ontem

O sonho de conquistar a casa própria foi realizado, na manhã de ontem, para 94 famílias de Presidente Prudente, por meio da entrega das chaves do Conjunto Habitacional Antônio Manoel de Costa, no Jardim Humberto Salvador. Realizado pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) em parceira com a Prefeitura, a cerimônia inaugurou 118 casas do Morar Bem, Viver Melhor, projeto que teve investimento total de R$ 21,5 milhões na cidade. Conforme o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia, que esteve presente no local, os apartamentos em questão custaram mais de R$ 130 mil e foram comercializados às famílias por pouco mais de R$ 20 mil, o que, segundo ele, é a concretização de um grande ideal aos novos moradores.

Entre as 118 unidades entregues, que possuem um ou dois dormitórios, sala, cozinha e banheiro, nove foram destinadas para deficientes, seis para idosos, três para “indivíduos sós” e as 100 restantes para a população em geral. O sorteio que resultou na cerimônia de ontem ocorreu em julho do ano passado. “Os contemplados terão prazo de 25 anos para quitar o financiamento e o valor da prestação mínima é de R$ 143,10. Priorizamos as famílias que recebem até três salários mínimos”, esclarece a secretaria da Habitação.

Vale ressaltar que as moradias contemplam as famílias que já passaram pelo processo de seleção, de acordo com os critérios exigidos, sendo destinadas aos servidores públicos municipais e estaduais, que residem em Prudente. Além desses, 24 famílias, porém, estão pendentes e não completaram a documentação exigida em tempo hábil, mas devem procurar o órgão para sanar as pendências em breve para tomar posse dos apartamentos.

 

Viabilização

Para o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia, a casa própria é sonho de todas as famílias brasileiras, mas a idealização se torna dificuldade para a maioria das pessoas que vivem de salário. “É justamente para este público que vem ações da CDHU, pois se não houver uma ajuda do Governo, a conquista pessoal se torna ainda mais difícil”, afirma. Conforme Rodrigo, os imóveis custaram mais de R$ 130 mil, sendo repassados aos contemplados por pouco mais de R$ 20 mil. O secretário diz que o restante do montante é pago pelo povo, através de impostos.

Desde 2011, a região administrativa de Presidente Prudente já recebeu 7.892 moradias populares por meio da CDHU e do programa Casa Paulista, mas o responsável pela pasta esclarece que novos investimentos para a região ainda estão em estudos, já que a crise econômica enfrentada pelo país também atingiu o Governo. “Nossa prioridade é terminar obras em andamento, para ai sim buscar caminhos que tragam novas conquistas para os moradores do interior”, relata.

 

“Oportunidade única”

A funcionária pública municipal, Daniela Arcanjo Silva, 43 anos, estava acompanhada com a família e foi uma das contempladas com a entrega das chaves. Conforme a nova moradora do Conjunto Habitacional, a espera para o dia de ontem foi longa, o preço das parcelas poderia ser ainda mais acessível, mas ela afirma que nada paga o sentimento de, finalmente, obter a casa própria. “Moro na zeladoria de uma escola e agora sairemos do sufoco, já que o apartamento veio em uma ótima oportunidade. Essa é uma oportunidade única, pois sem ela meu sonho demoraria muito mais para ser concretizado”, ressalta.

Acompanhado da família e com um baita sorriso no rosto, o funcionário público, Fernando Oliveira, 32 anos, aguardava o início da cerimônia com a certeza de uma “mudança de vida”. “A alegria não cabe dentro de mim, pois é um sonho que se tornou realidade. Já estou com quase tudo pronto para me mudar”. Fernando salienta que o processo foi “demorado”, mas tem expectativas de não ter problemas com o empreendimento.

Gildete Muinz dos Santos, 40 anos, afirma ser solteira e ter visto, pela primeira vez, a oportunidade dada pelo Governo para as pessoas que moram sozinhas. Esperançosa, a funcionária pública diz que os valores são acessíveis, e que a entrega da chave vai tirar o sufoco do aluguel. “Demorou muito, mas valeu à pena”.

Questionado sobre a reclamação dos contemplados ouvidos sobre a longa espera desde o sorteio das casas, o secretário da Habitação esclarece que o processo foi prejudicado pela crise econômica, que reflete nos projetos do Governo.

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