A Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) divulgou um parecer sobre o incêndio de grandes proporções, que atingiu 34 mil m² de APP (área de preservação permanente), junto a uma área verde no Bosque do Centenário, ocorrido em 27 de junho deste ano, em Presidente Prudente. Conforme o documento cedido à reportagem, a vistoria in loco não constatou o exato ponto de origem do fogo, com isso, trata a autoria como desconhecida. Contudo, imagens de satélite mostraram que na época a região estava propícia à ocorrência de incêndios.
De acordo com o documento, a queimada ocorreu em período de seca, sendo constatado por pesquisas junto ao Portal de Monitoramento de Queimadas e Incêndios do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais), quando o índice identificou que a região encontrava-se em situação “alto” quanto ao risco de fogo. No entanto, a vistoria também mostra que a área queimada possibilita o acesso e circulação de pessoas pelo local.
Ainda na perícia, constatou-se que espécies arbóreas foram atingidas, bem como o plantio recente de espécies nativas que estavam nas proximidades de algumas clareiras. Segundo o titular da Semea, Wilson Portella Rodrigues, “mais mudas serão plantadas para compensar o que perderam”, mas, devido ao tempo seco, não há prazo para estimar. “Por enquanto, vamos tentar recuperar a vegetação, para que futuramente o plantio seja retomado”, acrescenta.
Mesmo que as causas do incêndio continuem desconhecidas, Portella orienta para que população fique em alerta, quanto a possíveis ações de vândalos. “Espero que os munícipes tenham atenção maior para evitar as queimadas, a fim de contribuir para evitar o vandalismo na área”, expõe.
Grandes proporções
Como noticiado por O Imparcial, na última semana de junho um incêndio destruiu a área de preservação permanente, no Bosque do Centenário, localizado às margens do Córrego do Veado. O espaço foi oficialmente lançado pela Prefeitura em março, quando houve o plantio de 50 mudas nativas, como ipê-rosa, pau-brasil e espécies frutíferas.
Em entrevista à reportagem no dia da queimada, o titular da pasta, Wilson Portella Rodrigues, disse que o local contava com 1,4 mil árvores plantadas, no entanto, seria necessário um trabalho pericial para estimar o prejuízo causado pelo incêndio. De acordo com os bombeiros, foram necessários dois caminhões para ajudar no trabalho, que gastaram em média 5 mil litros de água.
A reportagem esteve no local e acompanhou por alguns minutos a ação dos bombeiros, sendo que uma hora após o início do trabalho, a guarnição já havia controlado boa parte do fogo. Na área verde, foi possível observar a presença de cavalos que pastavam pelo local, bem como de gatos e cachorros da vizinhança, que corriam por entre a fumaça. No entanto, não havia informações sobre vítimas ou animais feridos.
