O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) divulga em sua página o número de veículos nas cidades divididos pela cor. O último balanço, disponibilizado em setembro, mostra que carros brancos e os pratas são os favoritos dos prudentinos. Respectivamente, são 42.774 e 35.763 modelos para cada tonalidade. E para quem entende do assunto, as concessionárias, alguns fatores influenciam para que a tendência seja essa, tanto na compra quanto na venda dos automóveis. Entre eles, a fácil negociação de revenda e a manutenção do carro são os principais avaliados.
Por exemplo, o coordenador de Marketing da Ford V. Muchiutt, Flávio Miguel De Lacasa, afirma com toda a “certeza” que, na prática, os olhos dos clientes crescem, sim, para os veículos de cor branca e cor prata. Mas isso também ocorre por parte da própria concessionária, na hora de adquirir um modelo também. “Quando a cor é ruim, julgado pela clientela, perde-se a negociação. É um processo de aceitação do próprio mercado”, pontua.
Em complemento, o gerente de seminovos da Autoeste, concessionária Chevrolet, Evandro Tarifa, também levanta a questão da manutenção, no sentido de ter um veículo que não suja ou risca fácil, de maneira que fica menos aparente. “Ai entra a cor branca e a cor prata. Carros pretos, por exemplo, pra nossa região que é mais seca, a poeira acumula mais fácil. Isso é um fato levado em conta pelo cliente. E lógico, a comercialização sempre será o principal ponto analisado”, completa.
Mas o gerente garante que, de uns cinco anos pra cá, para algumas cores e modelos, “esse pensamento de, ‘ah, comprou uma cor mais exótica, agora não vai vender nunca mais’, tem sido desmistificado”. Para ele, laranja, cobre e bronze, são alguns exemplos, quando se pensa no modelo Onix, por exemplo, que já foi o carros mais vendido do país. E, nesse quesito, no caso da Ford, Flávio elenca a cor azul e vermelho. “Fora que a cor pode variar no preço do veículo e, geralmente, branco e prata são mais caros. Por isso, quem quer economizar, pode acabar deixando isso de lado”, frisa.
Contudo, eles garantem que, em alguns casos, a estética não é descartada pelo cliente, que pode sim escolher um carro por achar uma cor mais bonita que a outra. “Isso acontece, principalmente, com carros de preços maiores. O cliente entende que uma cor diferente pode chamar mais atenção”, conta Flávio. Fato esse que também é concordado por Evandro, que lembra ainda do pensamento de “se destacar”, ter um veículo diferenciado. “São coisas que ocorrem também com empresas que compram veículos para composição de frota”, pontua.
BELEZA, REVENDA E
O GOSTO PESSOAL
Quando foi escolher um carro, a auxiliar de escritório Aline Cardoso, 29 anos, confessa que utilizou quase todos esses critérios elencados anteriormente. Dona de um modelo branco, ela afirma que a cor foi escolhida, primeiramente, por achar mais bonita. “Eu queria branco ou preto, porque é minha preferencia. Mas eu estava aberta a negociar e talvez optar por outra cor e acabar negociando um pouco. Mas na hora, vi que a diferença não era muita, o vendedor falou dos benefícios de revenda e manutenção, então o pacote acabou valendo a pena”, felicita.
COMPOSIÇÃO DA FROTA PRUDENTINA - CORES
COR |
NÚMERO DE VEÍCULOS |
Branca |
42.774 |
Prata |
35.763 |
Preta |
33.328 |
Cinza |
17.422 |
Vermelha |
17.037 |
Azul |
11.445 |
Verde |
6.485 |
Bege |
4.273 |
Amarela |
2.361 |
Marrom |
1.261 |
Sem informação |
853 |
Dourada |
623 |
Laranja |
539 |
Roxa |
460 |
Fantasia |
129 |
Rosa |
126 |
Grena |
75 |
Fonte: Denatran