Caro Francisco, o Brasil tem jeito?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 13/06/2018
Horário 04:00

O Brasil é um país de muita fé, o que nos leva a refletir que muitas religiões poderão dizer que a sua é a melhor opção, ou pelo menos tem um número enorme de seguidores, tudo bem. Mas a questão aqui não é essa, pois no atual momento de transformações é possível que queiramos uma referência que possa nos impulsionar na crença de que as mudanças existem e há tempo para isso.

Quando na manhã do dia 11 de fevereiro de 2013 o vaticano confirmou que Bento 16 renunciaria ao papado em 28 de fevereiro, parecia que naquele dia o mundo ficou paralisado. Foi um gesto inesperado, já que na história moderna os papas se mantiveram no cargo até a morte, para que só então fosse escolhido um sucessor. O papa comunicou que sua saúde frágil era a razão de sua renúncia. Penso que sua renúncia baseada no quesito saúde jamais irá nos convencer, pois os desafios internos de todo um sistema complexo de uma grande instituição, como o vaticano, é preciso ter muita coragem de seguir. 

Entendemos ser uma difícil missão, essa de papa, que chegou o seu momento de mudança, isto é, renunciando o que ninguém jamais poderia esperar. Tempos depois, o conclave de 2013 elegeu seu sucessor, Francisco. E pelo que já temos visto, o Francisco vem há algum tempo se impondo e aderindo àquilo que precisa ser feito. Uma forma de resgatar os valores da igreja católica, dando um novo ar, que desde então não se via dentro de uma instituição. Francisco vem quebrando protocolos e impondo, de forma muito intuitiva, através de seu discernimento, bom senso e valores comuns que precisam ser seguidos. E mais ainda, é notório seus atos através da simplicidade, praticidade, economia, agilidade, leveza e muita consistência. Este verdadeiro líder, como representante de uma enorme instituição, até o momento move e sensibiliza muita gente.

Base de tudo isso é, quando estamos a pouquíssimos dias de grandes eventos, como a Copa do Mundo na Rússia e as eleições no Brasil, e ficamos a mercê do possível ainda ser possível. Isto é, a esperança que o nosso país seja novamente campeão de futebol através de um novo comandante e que as eleições nos traga novos e leais representantes. Essa simples analogia de algum tempo atrás pode nos levar a repensar no que queremos e se as nossas atitudes possam nos beneficiar se acreditarmos que ainda há tempo. Expectativas que nos afloram e nos emite incertezas que se não agirmos de maneira lúcida e precisa, seremos mais um país na mão daqueles que acreditam que mais uma eleição terá novamente seus celeiros cortejados de valores hipócritas e totalmente impunes a qualquer contexto que lhes emitem cobranças.

Precisamos, de alguma forma. fugir da sociedade industrial de tempos atrás e saber construir uma nova etapa de uma sociedade do conhecimento, isto é, do novo indivíduo que pensa, que age, busca e constrói de maneira consciente a sua verdadeira história de vida. Chamamos isso de época de transição, como forma de nos garantirmos de um novo caminho que, desde já, ainda caminha a passos lentos. Precisamos urgentemente sair do marasmo que nos acolhe como um bando de enfermos sem forças, sem coragem, sem energia vital. Não podemos continuar numa engrenagem que não se deslancha, não consegue agir sem pensar, é preciso ação!

A evolução dos tempos é agora, as instituições necessitam de pessoas que evoluam o sistema, para que verdadeiramente uma nação procure se consolidar pela humanidade serena de seus atos. Por mais que buscamos informações, para que possamos entender como poderá ser um novo sistema que prevaleça mudanças, ainda nos tornamos leigos perante as mutações que ocorre no mundo e ainda não aprendemos.   Ou procuramos agora mesmo, mudar todos os sistemas dessas instituições, ou necessariamente pediremos ajuda urgente ao grande Francisco!

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