Campeonato de Beisebol continua

SUPERVETERANO 150 atletas de seis times se reúnem para disputa e reencontro de amigos da categoria

Esportes - GABRIEL BUOSI

Data 22/10/2017
Horário 04:10

Eles esbanjam boa forma no auge dos seus 50 anos. Uniformizados, uma média de 150 atletas, de seis times, se reúnem neste final de semana, em Presidente Prudente, para a disputa da 47ª edição do Campeonato Brasileiro de Beisebol Interseleções, - voltado aos atletas com mais de meio século de idade. O evento é supervisionado pela CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol) e, para todos eles, o reencontro de amigos vai muito além de um simples campeonato.

As partidas tiveram início ontem e seguem hoje, nos campos da Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva), e proporcionam o confronto entre as equipes Grande São Paulo Leste (capital paulista), Noroeste (região de Araçatuba), Sorocabana (região de Presidente Prudente), Mato Grosso (região de Campo Grande), Paraná Sul (diversas cidades do Estado) e Sudoeste (região de Itapetininga).

Ontem, os jogadores disputaram a primeira fase, quando foram divididos dois grupos com três equipes cada, que disputando entre si. Hoje, os dois melhores de cada grupo se classificam para a fase Ouro ou semifinais, e os terceiros colocados de cada grupo jogam a fase Prata, na disputa da quinta e sexta colocação do Brasileiro.

Segundo um dos coordenadores da competição, Mario Kaneki, a categoria joga anualmente no campeonato, que, para ele, é uma oportunidade de reencontro e diversão. “Eles buscam sim as colocações, mas o atrativo é o momento de reunião e diversão entre eles. A maioria já jogou quando jovem e leva hoje como diversão e descontração entre amigos”, salienta Mario.

 

Família

O comerciante e jardineiro externo da equipe Sorocabana, representante da região, Eduardo Sequii, 56 anos, pratica o esporte há mais de 40 anos e afirma que a modalidade sofre com a falta de visibilidade no Brasil, mas ressalta que isso não impede que seja praticado pelos “verdadeiros amantes” do beisebol. “É difícil continuar jogando aqui no nosso país. Hoje, não tenho como atividade principal, mas não deixo de treinar pelo menos uma vez por semana”, acentua Eduardo.

Ainda conforme o atleta, o campeonato serve como um incentivo aos esportistas, para que não deixem de jogar, e avalia o time como “preparado para as partidas”, além de ter chances na classificação.

Ainda falando em espírito de reencontro e união dos amigos, que se tornam uma verdadeira família, estava o irmão de Eduardo, o cirurgião dentista e jardineiro externo da equipe da Grande São Paulo Leste, Cláudio Eduardo Sequii, 53 anos.

“Comecei neste esporte aos 10 anos e moro na capital desde os 26. Lá, diferente do que ocorre no interior, é mais difícil de treinar, mas vou aos treinos quando posso. O verdadeiro motivo da competição é a união e o reencontro entre amigos”, acentua.

 

Contrato americano

Engana-se quem pensou que apenas os representantes da melhor idade estavam presentes nos jogos de Beisebol na Acae. O arremessador Rodrigo Hitoshi Kaimote Takarashi, conhecido como Bô, 20 anos, que atua profissionalmente no esporte pelo time Arizona Diamondbacks, nos EUA (Estados Unidos da América) fez questão de salientar a importância de estar presente em competições.

“Venho para auxiliar na organização a aprender com eles, que já estão há anos no esporte. Essa é uma oportunidade de aprendizado e compartilhamento de ricos momentos. Comecei quando criança, por apoio e incentivo familiar que tem laços com a modalidade, e há quatro anos firmei contrato de sete anos com o time do exterior. Nasci nos campos e amo o esporte. Volto aos EUA em fevereiro, até lá acompanho os treinos e campeonatos aqui da região”, destaca o jovem.

 

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