Campanha do agasalho mobiliza 200 voluntários e 100 atiradores

Além da inciativa, atualmente existem 40 pontos fixos de coleta no município, os quais atenderão as famílias cadastradas no Fundo Social

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 05/05/2019
Horário 08:16
José Reis - Cerca de 300 voluntários participaram da primeira etapa da campanha do agasalho em PP
José Reis - Cerca de 300 voluntários participaram da primeira etapa da campanha do agasalho em PP

“Abrace essa causa e quem mais precisa” é o tema da Campanha do Agasalho 2019, em Presidente Prudente. Ontem, cerca de 200 voluntários e 100 atiradores do Tiro de Guerra participaram da primeira etapa do mutirão e foram às ruas arrecadar peças que serão destinadas às entidades assistenciais e igrejas que participam da ação. Além da inciativa, atualmente existem 40 pontos fixos de coleta no município, os quais atenderão as famílias cadastradas no Fundo Social. De acordo com a organização, a meta deste ano, nas duas etapas, é arrecadar 100 mil peças como no ano anterior.

Segundo a coordenadora da campanha, Kátia Guímaro, 67 anos, a importância da ação é justamente fazer com que as pessoas colaborem com o outro, pois considera que o frio está para chegar e que “o frio dói e o frio mata”. “Então, com o lema, nós também estamos abraçando essas pessoas que tanto necessitam deste agasalho” expõe.

Como dito no lançamento da campanha, o mais importante é que as pessoas contribuam apenas com peças para o frio, como cobertores, calças, blusas e calçados fechados. “Temos que exercitar a solidariedade, mas também o respeito pelo próximo. Por isso é importante doar peças que sejam para o frio e que estejam em condições de uso, ou seja, doar aquilo que você mesmo usaria”, disse Lisiane Zangirolami Bugalho, primeira-dama e presidente do Fundo Social.

Assim como nos anos anteriores, neste, a concentração foi no Tiro de Guerra. No primeiro mutirão, os voluntário e atiradores percorrerão os seguintes bairros: Ana Jacinta, Jardim Prudentino, Mario Amato, Monte Carlo, Santa Fé, Itaipu, Shiraiwa, Tropical, Vale do Sol, Villa Real, Cedral, Jequitibás 1 e 2, Monte Alto, Cecap, Cohab, Santa Paula, Residencial Funada, Mediterrâneo, Ouro Verde, Servantes, Bela Vista, Santa Elisa, São Geraldo, Campo Belo, Cerejeiras, Cinquentenario, Colina, Jardim das Rosas, Girassóis, Florenza, Novo Bongiovani e Maracanã.

Esforços

A ação solidaria envolve os esforços de quem percorrem as ruas e também daqueles que se prontificam ajudar com doações. O gesto motiva o espírito de solidariedade e compaixão para com o próximo. “Eu vejo situações que acontecem com a ausência dos agasalhos e também a discriminação social quanto ao indivíduo que necessita dele, principalmente o morador de rua”, diz o voluntário e ex-morador de rua Marco Aurélio Gimenes, 48 anos. Ele disse à reportagem que atualmente é amparado em uma casa de acolhimento que o ajuda voltar à sociedade com oportunidades e estudos. Sabendo da campanha, Marco se prontificou ajudar as pessoas que necessitam desse tipo de benefício. “Um dia também fui eu que precisei, então eu sei da importância que faz para uma família carente ou um morador de rua este tipo de doação. Para eu, a necessidade de ajudar é inexplicável.”  

O voluntario da Casa Família Tra Noi de Prudente, Anderson Lopes, 28 anos, considera gratificante estar ajudando as pessoas que precisam. Segundo ele, há muitas pessoas sem estes itens e que muitas vezes a sociedade não tem ideia do quanto eles precisam. “Agora no outono precisamos de pessoas que se mobilizem em fazer esse tipo de trabalho, como estamos realizando”.

Colaborar com o próximo foi o motivo que levou as pessoas doarem agasalhos. O aposentado Leonardo Tadioto, 79 anos, relata que hoje em dia vê muitas pessoas que estão precisando destes itens e fazer uma doação é sempre uma boa causa, pois considera que, infelizmente, muitos não têm condições de comprar. “Eu acredito que estamos fazendo o bem sem olhar a quem, pois uma doação você faz de coração e com a certeza de que ajudará muitas pessoas, então estamos doando produtos que poderão ser usados por muito tempo”.

A dona de casa Juliana Pessona Goes, 31 anos, ao ser abordada pela equipe de voluntários, se dispôs a doar algumas peças, que segundo ela, os itens estavam “parados” em casa e que não serviam mais. “Cada um doando um pouquinho, a gente contribui para aqueles que não têm nada, para que tenham pelo menos um pouco de conforto”.

Serviço

No dia 11, das 7h às 12h, acontece a segunda etapa da campanha do agasalho. Para doações em números maiores, o fundo social disponibiliza o contato (18) 3222-1881.

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