De acordo com a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) de Presidente Prudente, nos cinco primeiros meses deste ano nenhum caso de raiva em animais foi registrado pelo órgão na cidade, o que intensifica o trabalho de prevenção feito pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Ainda para este ano, a campanha de vacinação antirrábica pretende imunizar 41 mil cães e 850 gatos entre os dias 29 de julho e 3de setembro, podendo ser prorrogada.
Embora a raiva esteja controlada nessas espécies, a realização da vacinação anual é o fator de maior relevância para garantir a manutenção de controle nas populações de cães e gatos e, por consequência, para o ser humano. Segundo a médica veterinária do CCZ Maria de Lourdes Mussa, a vacina pode ser administrada a partir dos cinco meses no animal [cães e gatos], após o período de desmama. “A imunização é de extrema importância porque a raiva é uma zoonose e pode ser transmitida entre animais ou até para humanos em contato direto com o animal infectado”, afirma.
Por mais que a raiva possa ocorrer em todos os tipos de animais, a médica veterinária reforça que o maior veículo transmissor ainda é o morcego, então, quando o animal é mordido por este morcego que está doente, ele pode contrair e desenvolver a doença. Após a contaminação, ao morder ou promover contato de saliva em outro receptor [pessoa ou animal], este também pode ser contaminado.
Sintomas
“A prevenção é sempre o melhor caminho mesmo que o município ainda não tenha registrado nenhum tipo de ocorrência de raiva em animais”, reforça a médica veterinária, que declara que não é impossível de acontecer, mas que com a vacinação diminui a possibilidade, tanto para os animais quanto para os humanos.
Entre os sintomas da doença nos animais estão agressividade, com tentativas de morder pessoas, animais e objetos; salivação excessiva, com a boca aberta constantemente; dificuldade de engolir; perda de coordenação motora, convulsões, paralisia nas patas traseiras e morte. “Constatados os sintomas, este animal fica isolado em estado de observação e caso seja comprovado a presença do vírus que atinge principalmente os estímulos nervosos, infelizmente este animal precisará ser sacrificado para que não contamine outros animais ou mesmo o ser humano”. Caso a pessoa tenha sido mordida por algum dos animais do grupo e que não sabe o histórico, o recomendado é procurar uma unidade de saúde que avaliará a situação, podendo ser submetida à vacina humana.
Campanha
A vacina antirrábica será disponibilizada pelo município gratuitamente nos postos de vacinação dos bairros. Os locais e horários serão divulgados pelo CCZ nas unidades de saúde, site da Prefeitura e também na rede pública municipal de ensino, a qual trabalhará a prevenção com os alunos. O órgão reforça que quando for levar seu animal ao posto de vacinação, é imprescindível que os cães sejam conduzidos por pessoas com idade e porte adequados para o manejo do animal, sendo que cães bravos, de qualquer raça, devem utilizar focinheira adequada. Por sua vez, os gatos devem ser transportados em caixas apropriadas e em segurança. É importante que o proprietário do animal leve a carteirinha de vacinação.
