Bombeiros catalogam 9 vítimas por afogamento

Corporação alerta sobre a incidência de ocorrências nos períodos mais quentes do ano; dados são do 14º Grupamento, em Prudente

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 08/02/2018
Horário 12:22

Em época de calor intenso e feriados prolongados, como o carnaval, o cenário se torna propício para a busca por piscinas, rios e praias. No entanto, o Corpo de Bombeiros orienta que todo cuidado é pouco para evitar afogamentos. No ano passado, foram nove vítimas fatais neste tipo de ocorrência. Os dados são do 14º Grupamento de Bombeiros, com sede em Presidente Prudente e atendimento em 56 cidades da região.

E para que situações trágicas não voltem a repetir em 2018, o subtenente Ademir de Luna Arruda esclarece que é necessário respeitar as orientações do Corpo de Bombeiros, que são “clichês”, mas sempre importantes. A primeira delas, listada por ele, diz respeito a entender e respeitar as demarcações feitas em rios e mares, impostas no local. “Geralmente, um lugar que tem muita profundidade é demarcado com boias”, lembra.

Ainda de acordo com ele, outro principal vilão é a ingestão de bebida alcoólica e de alimentos pesados. No primeiro caso, Luna afirma que o ideal é evitar entrar na água em todos os sentidos. “Já no que tange à alimentação feita pré-banho, é indispensável aguardar o tempo digestório, que pode ser entre uma ou duas horas. Em alguns casos, até mais, dependendo do alimento ingerido”, pontua. Com as crianças, ele salienta que o cuidado e atenção dos pais devem ser redobrados.

O subtenente também explica que itens e acessórios devem ser considerados nesse momento. “Temos percebido muito a improvisação de boias, com câmara de ar de pneus. No primeiro momento, é transmitida uma sensação de segurança, mas que pode ser falsa. O ideal são as boias propícias para o banho”, fala.

Fora as ocorrências que resultaram em óbito, o Corpo de Bombeiros lembra que outros casos de afogamentos são registrados. Sendo assim, todo cuidado é pouco. A incidência se torna maior nos períodos mais quentes do ano.

 

O que fazer?

A partir do momento em que uma pessoa começa a se afogar, a primeira recomendação é não entrar na água para tentar salvá-la. “O ideal é jogar algo que possa ser usado como boia, até que um profissional indicado para isso chegue para fazer o resgate”, destaca. Existem casos em que a tentativa de ajuda pode gerar novos afogamentos, como pontuado pelo subtenente.

Luna também explica que existem as fases do afogamento. Para quem passar por isso, é necessário manter a calma. “A primeira etapa é o pânico, momento em que a pessoa se desespera. Na sequência, inicia-se a luta pela sobrevivência. Com isso, vai ocasionando o desgaste físico, do oxigênio e a pessoa perde as forças e acaba submergindo”, considera. Ele expõe que esse tempo submerso pode garantir graves sequelas e, claro, a morte.

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