Bioma Amazônia

A Amazônia é o maior bioma brasileiro e se espalha por nove países da América do Sul, entre eles a Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, sendo que 60% dela está no território brasileiro, onde passa por parte do Maranhão e também do Mato Grosso e ocupa todos os Estados da região Norte. Quase 50% do território brasileiro é Amazônia. Mas, se considerarmos a Amazônia Legal, sua área se estende para 61% do território brasileiro, isto porque a Amazônia Legal é uma demarcação política, que engloba os nove Estados brasileiros, pertencentes à Bacia Amazônica, e que dividem os mesmos desafios econômicos, políticos e sociais.

Além do bioma Amazônia, a área da Amazônia legal abrange trechos do cerrado e também do Pantanal, ou seja, é uma divisão sócio-política e não uma divisão natural. Trata-se, portanto, da maior floresta tropical do mundo. Para termos ideia da dimensão deste bioma, se a Amazônia fosse um país, seria o sétimo país do mundo. Contudo, mesmo sendo uma região muito extensa, apenas 23 milhões de pessoas vivem neste bioma, sendo a região menos povoada do Brasil. Também é o local onde vamos encontrar a maior quantidade de grupos indígenas de nosso país. Estima-se que cerca de 100 tribos ainda vivem isoladas.

A Amazônia é cortada pela linha do Equador. Então o clima amazônico é predominantemente equatorial, o que significa dizer que o clima é quente e úmido. E por estar justamente na linha do Equador, muita luz solar incide nesta floresta, o que mantém durante o ano todo temperaturas altas, na ordem de 25°C, em média.

Na língua inglesa, a Amazônia é chamada de rainflorest (floresta chuvosa), pois nesta região chove torrencialmente, entre 2.300 a 3.600 mm ao ano. Embora ocorra um período mais chuvoso e mais seco, isto não quer dizer que pare de chover, apenas diminui a intensidade. Mas por que chove tanto na Amazônia? Em parte, é devido à grande quantidade de rios muito caudalosos, que evapora e ajuda na formação das nuvens (evaporação dos rios). Outro detalhe importante é a transpiração das árvores, que liberam água em estado gasoso, que sobe para a atmosfera e retorna na forma de chuva (evapotranspiração das plantas).

Desta forma, as plantas da Amazônia têm uma contribuição grande para a formação das chuvas que caem, não só na região amazônica, mas em todo o Brasil, num fenômeno conhecido como “rios voadores”. Estudos têm revelado que as perdas de floresta podem ter um forte impacto sobre a ciclagem da água na região. Ao reduzir a área foliar, a conversão da floresta em pastagens reduz enormemente a evapotranspiração, podendo ter efeitos drásticos no regime de chuvas, uma vez que metade das chuvas da Amazônia é atribuída à água reciclada através da floresta.

A alteração no regime de chuvas deverá ser uma das principais responsáveis pela savanização de grande parte do bioma. Estima-se que para a manutenção do atual regime de chuva, seja necessário manter cerca de 70% da cobertura florestal original.

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