Ele saiu de Presidente Prudente, da Cidade da Criança, no dia 19 de dezembro do ano passado. Já passou por Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre e Chuí, no Rio Grande do Sul. “Entrei no Uruguai passando por Punta Del Diablo, La Paloma, Maldonado, Montevidéu. Por toda beira mar e chegando à fronteira na cidade de Paysandú, onde atravessei para a Argentina na primeira cidade chamada Cólon. Hoje [ontem] estou em Mercedes [Argentina]”, expõe o maker Laudenir Rodrigues, 37 anos, que está vivendo uma aventura de bikepacking em cima de uma Monark Barra Forte 1979, apelidada de Monarkão 79, explorando o Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai.
Laudenir conta que essa aventura é um desapego total, é viver com o pouco, o mais minimalista possível. Ele diz que durante um ano fez várias viagens de 200 quilômetros. E frisa que, para isso, todo bikepacking não pode faltar kit de ferramentas e reparos, barraca, saco de dormir, kit de cozinha e alimentação.
Perguntado a ele o que busca com essa aventura, Laudenir enfatiza que “viver com pouco é o suficiente para ser feliz”. “Quero adquirir experiência de vida neste mundo minimalista, no qual estou vivendo”, pontua.
BIKE ESTRADA
À FORA
O mochileiro, aventureiro, minimalista como ele mesmo se coloca, diz que até agora dormiu todas as noites, na barraca. Quanto à alimentação, ele mesmo prepara 80% da sua comida, que é composta principalmente por massas, em especial macarronada. Já o banho, muitas vezes, é de garrafa e em postos de serviços.
Sobre as curiosidades nessas andanças mundo afora, Laudenir destaca que as pessoas são muito receptivas, curtem muito e em especial nas estradas dão o maior apoio aos ciclistas. “Encontrei ao longo desta aventura pessoas de 20 a 62 anos. Não existe idade para se aventurar. Em Pelotas [RS] encontrei um ciclista em um ponto de ônibus, o Ronaldo. Ali proseamos e mantemos contato diariamente sobre as viagens. Pena que não encontrei o querido café brasileiro do qual sou um degustador fiel [risos]”.
SAIBA MAIS
Curiosidade
Bikepacking é a modalidade de cicloturismo, onde se viaja sem bagageiros e as malas vão amarradas na bike.