A paixão pela cidade natal impulsionou o escritor José Carlos Daltozo a produzir 11 obras, voltadas para um mesmo tema: Martinópolis, no interior paulista. Em seu mais recente trabalho, intitulado “Martinópolis, do passado ao presente”, o jornalista e historiador abrange mais de cem anos de história da cidade e região, começando da população indígena, fazendeiros pioneiros, povoamento, até chegar nos dias atuais. O livro pode ser encontrado em estabelecimentos espalhados pela cidade, como a Banca de Revista da Rodoviária, ou pelo telefone (18) 3275-1168.
“O livro abrange mais de cem anos de história da cidade e região. Começo relatando como viviam os índios que habitavam a alta sorocabana, depois a abertura da Estrada Boiadeira, concluída em 1906, em seguida sobre a expedição exploratória do Rio do Peixe, a chegada da ferrovia em José Teodoro [atual Martinópolis] em 1917, os fazendeiros pioneiros da região, os primeiros compradores de terras, depois o povoado crescendo em volta da estação, até chegar aos dias atuais”, explica.
O autor conta que lançou outros dez livros segmentados sobre a história da cidade. O primeiro, escrito em 1999, contou com depoimentos de pessoas que fizeram parte da cidade em seus primeiros suspiros de vida, e abrangeu detalhes sobre a vida política, religiosa, social, lazer, saúde, entre outros aspectos do município.
“Neste novo livro, o enfoque é outro. Escrevi mais sobre os antecedentes de Martinópolis, ou seja, o que havia na região antes de existir a cidade. E abordei outros temas não contemplados em meus livros anteriores, ou se contemplados, mais esmiuçados e detalhados”, acrescenta.
Ainda de acordo com Daltozo, a obra conta com mais de 100 fotos, espelhadas pelas 128 páginas que, em sua maioria, ainda não haviam sido divulgadas em seus trabalhos anteriores e foram obtidas com descendentes dos pioneiros e pessoas que também prezam pela preservação histórica municipal.
“Eu sempre estive ligado à leitura e produção textual, principalmente obras biográficas. A população martinopolense sabe desta minha relação e preocupação com a história da cidade, então eles mesmos me procuram e me dão fotos antigas, contam fatos e auxiliam em todos os meus trabalhos. Eu tenho um acervo com mais de 3 mil fotos que dão vida ao passado municipal”, relata o escritor.
Próximo trabalho
O lançamento do 11º livro mal aconteceu, e Daltozo já planeja a obra sequencial. A diferença? Desta vez será escrita pela própria população, que poderá registrar momentos ou lembranças vividas na cidade, através de crônicas.
“É um projeto para o começo de 2018. Trata-se de livro participativo, no qual quem se interessar em registrar a sua vida e da sua família em Martinópolis, comprará de duas ou quatro páginas, pagando R$ 50 cada uma e todos ganharão dois exemplares, independente do número de páginas adquiridas. Nelas, eles escreverão sobre o que viveram, viram ou realizaram, e podem citar a família, amigos, escola que estudou, professores, entre outros aspectos, desde que respeitem o tema”, pontua.
O escritor contou que mal começou a divulgar sobre a obra e mais e doze crônicas já foram digitadas e acrescentou que quem quiser participar, é só contata-lo pelo (18) 3275-1168 ou pelo e-mail jcdaltozo@uol.com.br.
“O primeiro texto que recebi foi excelente e trouxe ainda mais empolgação. Nele, há relatos de infância e juventude passadas na cidade, nas décadas de 1940 e 1950, de uma antiga munícipe que hoje reside em São Paulo. Foi, digamos assim, o ponta pé inicial desse livro que tem o título provisório de Crônicas Martinopolenses”, finaliza.
