Atitudes simples refletem predisposição solidária do brasileiro

EDITORIAL -

Data 18/05/2018
Horário 08:14

Empatia: “processo de identificação em que o indivíduo se coloca no lugar do outro e, com base em suas próprias suposições ou impressões, tenta compreender o comportamento e as necessidades do outro”. Munidos desse sentimento, mãe e filho, a professora Andreia Martins e o modelo Matheus Mello, criaram em Presidente Prudente a campanha “Colecionando Sorriso”, com o objetivo de arrecadar álbuns e figurinhas da Copa do Mundo para alunos de uma escola da rede municipal da cidade. A ideia veio da percepção da mãe, ao ver “a falta de oportunidade de alguns alunos em colecionar algo que marca muito a infância”. Desde então, pelo menos 12 álbuns e inúmeras figurinhas já foram arrecadados, e esse valor só cresce, assim como a alegria dos pequenos que estão recebendo os presentes.

O projeto foi destaque ontem no caderno de Esportes deste diário e caiu no gosto dos prudentinos, provando que não existe povo solidário como o brasileiro. Logo cedo, inúmeros leitores entraram em contato pelos telefones, ou se deslocaram até a sede do jornal, para deixar os álbuns e os cromos para doação – que foram encaminhados aos organizadores. Isso sem contar aqueles que fizeram o contato direto com a mãe e o filho, através do telefone (18) 98159-5000.

O gesto é simples, mas reflete a predisposição que o brasileiro tem em doar, em ajudar o próximo. Não precisa de muito. Não é necessário milhões. Nem sempre envolve dinheiro. Basta olhar para o lado, reparar na necessidade alheia, e tornar a vida do próximo um pouco melhor com um gesto de carinho e solidariedade.

Mas ao mesmo tempo que alguns pensam nos outros, há quem aproveite a oportunidade para tentar lucrar com a venda inflacionada das figurinhas. E, ainda que o resultado seja pífio, irrisório, preferem comercializar os cromos a doar àqueles que não têm a oportunidade de comprar. Direito de cada um, indiscutível, mas não deixa de ser uma atitude um tanto quanto egoísta. Mas, cada um vive de acordo com o entendimento da vida que tem, bem como das ações resultantes do próprio caráter. Como mesmo disse Matheus Mello: “Acho que não é maldade, mas poderiam olhar um pouco para o próximo e para quem precisa, afinal, Copa do Mundo e futebol são símbolos de união e integração entre as pessoas”.

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