Associação às cooperativas cresce 61,5% em Prudente

Número foi de 6.871 associados para 11,1 mil, de 2016 para 2017; maior retorno financeiro e taxas mais baixas são atrativos

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 01/12/2018
Horário 04:00
Rodrigo Batista/Sicredi - Jorge: "Na região, há uma maior percepção das vantagens de ser um cooperado"
Rodrigo Batista/Sicredi - Jorge: "Na região, há uma maior percepção das vantagens de ser um cooperado"

Um levantamento realizado em Presidente Prudente pelo Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo) mostrou que o número de associações às cooperativas de crédito no município aumentou em 61,5% de um ano para outro. O período analisado é de 2016 a 2017, no qual o número saltou de 6.871 para 11,1 mil cooperados associados nestes modelos de instituição financeira. Na cidade, são quatro em desenvolvimento.

Como uma das atuantes no mercado, o Sicredi consegue perceber e acompanhar o crescimento. O próprio presidente da instituição, Jorge Bezerra Guedes, explica que esse é um acontecimento que pode ter influência em três patamares: mundial, nacional e regional. “No primeiro, nós temos a influência de modelos europeus, que mostram um sofrimento menor do cooperativismo diante das crises financeiras. No Brasil, pode-se ver um comportamento maior do jovem, no sentido de estar mais conectado e próximo de um banco, coisa que as cooperativas também fomentam”, conta.

Já na região, o presidente aponta que há uma percepção maior das vantagens de ser um cooperado, que para ele se resume em: produtos feitos diretamente para o cliente, pensando na melhor forma que ele atua e no que melhor cabe a ele; o retorno financeiro que ele pode obter na participação de lucros, seja mensal ou anual; e tarifas mais baixas e acessíveis do mercado. “Pois nós queremos o melhor para o nosso cliente. Se ele nos apresenta uma proposta que a gente não pode cobrir, de outro banco, nós indicamos que ele feche com a concorrência. É sinceridade”, completa.

Jorge ainda cita que, num sistema de cooperativismo, há uma ajuda não só para com os clientes, mas também entre as sedes, a fim de solucionar possíveis problemas financeiros, fazendo com que a rede cresça e supere as situações de maneira unificada.

Em outro exemplo, o Sicoob Credivale, também atuante no cenário prudentino, além de perceber um aumento na quantidade de associados nos últimos anos, atribui que a situação pode ser reflexo da expansão da rede de cooperativas, assim como a própria instituição financeira tem feito na região e no país. “O Sicoob conta hoje com a 5ª maior rede de atendimento do país, a maior difusão do cooperativismo no Brasil”, detalha.

E, atrelado a isso, assim como no Sicredi, a cooperativa ressalta que há uma busca “das pessoas por serviços financeiros mais justos”, além de juros mais baixos, investimentos mais rentáveis e, principalmente, o atendimento humanizado dado a todos os cooperados. Fatores, que em todos os casos, foram destacados como instrumentos fortes no cooperativismo.

Mudança

Quem apostou na mudança de modelos foi o empresário Hélio Soares de Lima. Após um bom tempo correntista de um banco tradicional, ele resolveu mudar para o cooperativismo. Ele explica que a principal diferença sentida foi no atendimento. “Eles oferecem tudo o que um banco oferece. Fora isso, ainda há uma conectividade maior com o gerente, funcionários, e em todo horário”, aponta.

A oportunidade chegou a ele no boca a boca, conforme Hélio. A exemplo de conhecidos, que já haviam migrado, ele se interessou, foi verificar e logo de cara resolveu aderir. “Faz um ano e meio que aderi e é muito bom ver a mudança, principalmente na economia financeira com tarifas menores. É um bom negócio e eu indico”, comenta.

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