Arte na Praça expõe produções locais em feira

Edição do evento ofereceu produtos artísticos e artesanais, além de culinária; cerca de 20 barracas foram expostas ontem

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 21/10/2018
Horário 05:42
Marcio Oliveira - Marina montou sua barraca pela primeira vez no Arte na Praça
Marcio Oliveira - Marina montou sua barraca pela primeira vez no Arte na Praça

Desde julho deste ano, a Prefeitura de Presidente Prudente iniciou uma nova opção para o lazer e a gastronomia com o Arte na Praça - Arte, Artesanato e Culinária. A percorrer locais do município, a mostra, além de promover a interação com a população, expõe produções locais da região, sejam elas em forma de alimentos, artesanatos e pinturas, por exemplo. Na manhã de ontem, mais uma edição do evento foi realizada, e, desta vez, no local onde a programação foi iniciada: a Praça do Bacarin.

O local, por si só, já promove uma atmosfera cultural, por conta dos grafites expostos nos muros da praça, que recebeu uma remodelação recentemente, com direito a paisagismo. Em complemento, cerca de 20 barracas foram montadas, promovendo a venda de diversos produtos, que também davam mais cores ao ambiente.

Barracas como a da produtora rural Marina Sato. Pela primeira como expositora na feira, logo pela manhã ela já fez um feedback positivo. “O mais importante é que conseguimos mostrar o trabalho que nós mesmos produzimos e, muitas vezes, não é valorizado”, fala. Na barraca dela, tinha verduras, legumes, doces e até pratos da culinária japonesa. “A gente tenta trazer o melhor, para que as pessoas que apreciam sempre retornem pelo nosso trabalho”, completa.

A artesã Iracema Hossaka, por sua vez, já é um pouco mais veterana em feiras. Há dois anos expondo seus trabalhos manuais em eventos desse âmbito, ela, assim como Marina, destaca a possibilidade de conseguir mostrar o que faz durante a semana. No caso dela, são bolsas, estojos, toalhas, enfeites, tudo feito com suas próprias mãos.

Mas, por outro lado, Iracema lamenta o fato de sentir a baixa participação dos munícipes, que reflete na venda e no valor mensal que arrecada. Mesmo com materiais que vão de R$ 10 a R$ 70, ela acredita que a crise tem atrapalhado todo mundo. “Infelizmente, mesmo a gente trabalhando com preços mais baixos que o mercado, as pessoas estão poupando mais”, comenta.

Mas há quem participa assiduamente, e sente falta quando a feira não ocorre. Como Idalina Grela Martins, de 85 anos. Moradora nas proximidades da praça, de longe dava até para vê-la cobrando dos expositores que realizem o evento mais vezes. Questionada sobre o porquê dessa recepção, ela responde que ir ao Arte na Praça “é uma forma de encontrar produtos melhores, mais em conta, nos casos dos alimentos, com menos agrotóxicos, e com mais qualidade”.

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