Aplicativo agiliza colaboração entre polícia e órgãos assistenciais

Em reunião na CPI-8, policiais e representantes da Unoeste organizaram o 1º Simpósio de Tecnologia Social do Sistema Órion

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 04/09/2019
Horário 05:48
Marco Vinicius Ropelli - Reunião de ontem reuniu professores da Unoeste e representantes da Polícia Militar
Marco Vinicius Ropelli - Reunião de ontem reuniu professores da Unoeste e representantes da Polícia Militar

“Compartilhamento de informações para solução em conjunto”. Este é o lema, repetido com ênfase, pelos representantes da Polícia Militar do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior – Oito), que, em parceria com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), desenvolvem um aplicativo que facilitará e trará agilidade à parceria entre os policiais e os órgãos de assistência social de Prudente e região.

Esta colaboração mútua já existe há algum tempo, está em cerca de 90% dos batalhões do Estado de São Paulo, mas foi idealizada e criada pelo batalhão prudentino e nomeada como sistema Órion. “O Órion iniciou em Prudente a partir de iniciativa da Polícia Militar, mas rapidamente ganhou defensores da comunidade em geral. Hoje, celebramos uma parceria frutífera com a Unoeste e a promoção de um seminário, tratando da expansão desta tecnologia, que busca dar soluções a ocorrências sociais”, destaca o comandante do CPI-8, coronel Adilson Franco, 52 anos.

A parceria, como salientou o coronel, trará mais frutos. Em 7 de novembro será realizado, durante a manhã e tarde, o 1º Simpósio de Tecnologia Social do Sistema Órion, onde será apresentado ao policiamento, entidades assistenciais e comunidade o novo aplicativo desenvolvido pela FIPP (Faculdade de Informática de Presidente Prudente). “A ideia do aplicativo é que ele esteja facilmente à mão daqueles que tenham o dever de atuar nos problemas que estão cadastrados no sistema Orion, uma vez que esses problemas bem cadastrados e distribuídos às pessoas qualificadas tendem a não acontecer novamente”, enfatiza o organizador do simpósio, 1º-tenente Anderson Garrido, 41 anos. Ainda, segundo ele, ocorrerão, também, discussões acerca de temas sensíveis, como prevenção ao suicídio e violência doméstica.

Boletim social

É o boletim social a partícula fundamental deste projeto. O policial que atende qualquer ocorrência na região, já determina se é notável algum grau de vulnerabilidade nos personagens da ocorrência, e se houver, envia o boletim até um órgão assistencial.  “Nós temos aqui o centro de operações, que recebe ligações, pedidos de socorro, pedidos de intervenções da Polícia Militar, 24 horas, nos 67 municípios da região oeste, com sede do comando regional em Prudente”, comenta coronel Franco. E a partir do atendimento da ocorrência, o policial militar identifica situações que podem ter alguma solução a partir do envolvimento de órgãos de fora da Polícia Militar, acrescenta. “Como Conselho Tutelar, Creas [Centro de Referência Especializada de Assistência Social], o próprio Ministério Público, entre outros”, exemplifica.

É justamente aí que atuará o aplicativo, tornando essa distribuição do boletim social mais ágil, simples e permitindo acessá-lo em qualquer lugar e na palma da mão.

Reunião

Em encontro realizado na manhã de ontem, militares e representantes da Unoeste foram apresentados ao cronograma do seminário, que em breve será levado a público. Ficou evidente a contribuição prestada pela universidade, através de diversos cursos, ao sistema Órion, ao desenvolvimento de seu aplicativo e à organização do primeiro simpósio.

“A universidade, além do envolvimento na organização do evento, contribui com estudos de caso para compreender a importância do aplicativo, com o desenvolvimento do aplicativo que será lançado e que vai permitir agilidade de todas as entidades envolvidas, e também com a comunicação, oferecendo meios para que a mensagem seja melhor passada e melhor divulgada”, afirma o pró-reitor de pesquisa, pós-graduação e extensão da Unoeste, Adilson Eduardo Guelfi, 47 anos, que salienta a presença de profissionais da Educação, Psicologia, Comunicação Social, Informática e até mesmo alunos voluntários da universidade, chamados “Anjos da Unoeste”.

Todos os presentes na reunião estão empolgados com os caminhos que o projeto vem tomando e esperam repercussão nacional desta realização prudentina.

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