Apadrinhamento afetivo: ato de amor

Projeto busca madrinhas e padrinhos que possam ampliar a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em situação de acolhimento em Prudente

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 26/02/2020
Horário 04:03
Weverson Nascimento - Projeto é voltado para crianças e adolescentes em situação de acolhimento em Prudente
Weverson Nascimento - Projeto é voltado para crianças e adolescentes em situação de acolhimento em Prudente

O Instituto Fazendo História, da capital paulista, traz para Presidente Prudente um projeto que muito tem a falar, ensinar e promover quando o assunto é o amor ao próximo. Intitulado de “apadrinhamento afetivo”, a iniciativa é uma estratégia para ampliar a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em situação de acolhimento, e contará com a participação de duas entidades do município. As inscrições para aqueles que, como madrinhas ou padrinhos, estão prontos para doar o amor, estão abertas. Os encontros para a apresentação da iniciativa ocorrerão nos dias 19 e 21 de março.

Conforme a coordenadora do projeto do instituto, Juliana Dias Barbosa, a intenção de trazer a ação para o oeste paulista está em multiplicar a metodologia e potencializar os serviços já oferecidos pela Sociedade Civil Lar dos Meninos e Lar Santa Filomena. “É uma metodologia que desenvolvemos dede 2015 em São Paulo e vimos uma oportunidade de ampliação, visto que a cidade já desenvolve de alguma maneira esse apadrinhamento”.

Para ser uma madrinha ou um padrinho é necessário ter pelo menos 25 anos e não há exigência de configuração familiar, já que podem se inscrever para os encontros, e para o programa, homens, mulheres, solteiros, casados, com filhos ou sem filhos. Ao todo, serão cinco encontros com o Instituto Fazendo História, sendo que a proposta dos quatro primeiros é bater um papo com os candidatos, realizar uma avaliação em ambos os lados e mostrar o compromisso que é assumir tal responsabilidade.  

“Depois de quatro encontros, haverá o primeiro deles com os meninos e meninas que estamos discutindo e que farão parte do processo”, aponta Juliana. Na ocasião, serão analisadas as relações estabelecidas a partir desse encontro, e quando serão discutidos os primeiros pareamentos, uma espécie de “match”, entre o adolescente e o padrinho, ou madrinha.

Sobre a importância do projeto, a porta-voz do instituto comenta que as crianças e adolescentes encaminhados para esta ação, até mesmo por causa da idade, normalmente acima de 10 anos, possuem poucas possibilidades de serem adotadas e de voltarem para sua família de origem. No entanto, como a convivência familiar e comunitária é um direito que deve ser garantido, como consta no Estatuto da Criança e Adolescente, o projeto vem como uma estratégia para garantir essa convivência.

Para preparar o sistema de acolhimento, e capacitar os profissionais da rede, o Instituto Fazendo História esteve em Presidente Prudente na segunda quinzena de fevereiro, quando apresentou a proposta e metodologia da iniciativa.

SAIBA MAIS

Conforme o Instituto Fazendo História, o apadrinhamento afetivo é diferente da adoção. Isso porque, no apadrinhamento há um compromisso afetivo entre as partes, mas o adolescente não pode morar com os padrinhos ou ter transferência de guarda, que é o que ocorre na adoção. No apadrinhamento, a responsabilidade legal pelo jovem continua sendo do serviço de acolhimento.

SERVIÇO

Os dois primeiros encontros com os padrinhos e madrinhas interessados vão ocorrer no Lar Santa Filomena, em Presidente Prudente, nos dias 19 de março, das 19h às 21h, e 21 de março, das 9h30 às 12h. O telefone do Instituto Fazendo História, para mais informações, é o (11) 3021-9889.

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