Antes símbolo de status, cigarro é um dos maiores vilões da saúde

EDITORIAL -

Data 31/05/2019
Horário 04:00

Hoje, 31 de maio, é lembrado o Dia Mundial Sem Tabaco, data que busca chamar a atenção da população para os riscos do cigarro à saúde humana e a importância de combater o vício. Embora os malefícios do tabagismo sejam amplamente evidenciados, inclusive nas próprias embalagens da mercadoria, as doenças decorrentes de seu consumo ainda consistem em um problema de saúde pública, sendo a principal ocorrência o câncer de pulmão, que, em razão de sua agressividade, gera altos índices de mortalidade no mundo todo. Outros problemas podem ser citados, como os enfisemas, que resultam na destruição progressiva dos pulmões, lesões estas irreparáveis; e as doenças que atingem as artérias e elevam a incidência de derrames e infartos.

Por muito tempo, o cigarro esteve associado a status e autoconfiança. As antigas publicidades de televisão e cinema “vendiam” a mercadoria como se fosse um acessório que conferia poder para quem o portasse. Ainda que a glamourização do tabaco tenha entrado em um processo de desconstrução após medidas governamentais que proibiam a divulgação do produto na televisão e estampavam os malefícios dele para os fumantes, a indústria permanece lucrativa, não porque seus consumidores sejam burros, mas porque o cigarro reúne uma série de substâncias que causam dependência química e, como qualquer doença, requer tratamento.

Por mais antigo que seja o vício, isso não significa que este deve ser permanente. Atualmente, as redes pública e privada de saúde dispõem de serviços que buscam oferecer suporte aos tabagistas interessados em parar de fumar, além de medicamentos que podem ser prescritos por especialistas habilitados nesse tipo de atendimento. Os primeiros passos podem ser árduos, mas, quando se trata de saúde, o bem-estar e a qualidade de vida devem estar em primeiro lugar.

Para evitar este caminho, a melhor forma é a prevenção. O consumo do cigarro ainda se dá pela curiosidade de experimentá-lo em algum momento da vida. Nesse sentido, é preciso que, desde cedo, as crianças sejam educadas, tanto em casa quanto na escola, sobre os riscos do cigarro e as dificuldades de abandoná-lo após iniciado o uso, contribuindo desta forma para a construção de uma sociedade mais consciente e saudável.

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