O caminhão do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) nem havia estacionado, e os amantes dos animais já estavam aglomerados no estacionamento do Makro Atacadista, ontem, em Presidente Prudente. A movimentação ocorreu pela manhã, durante a última Feira de Adoção de Animais deste ano, promovida pelo governo de Presidente Prudente, em parceria com o CCZ. No total, 30 pets, dentre cães e gatos, estiveram disponíveis para receberem um novo lar.
O médico veterinário e gerente do CCZ, João Henrique de Carvalho Leite, explica que os animais foram recolhidos em situação de abandono nas ruas de Presidente Prudente e passaram por exames de saúde antes de serem colocados para adoção. “É importante que a gente consiga proprietários a estes animais, uma vez que também irá contribuir para reduzir a quantidade de cães e gatos abandonados nas ruas”, salienta o médico.
Apesar de ser considerada a última feira de adoção do ano, João acrescenta que se houver demanda maior de pets em situação de abandono, “pode ser que ocorra outra edição ainda neste ano”. “Quando nossa equipe recupera os animaizinhos, eles passam por um processo de vacinação, são vermifugados, e ocorrem testes de leishmaniose que os tornam aptos a serem doados”, acrescenta o médico, que acredita que a divulgação do evento tem contribuído para maior adesão das pessoas.
Em torno das gaiolas que abrigavam os animais, tinha gente de todas as idades com algo em comum: a paixão pelos pets. A aposentada Maria Célia Palmeira, 72 anos, chegou logo cedo e adotou o cãozinho Tobias, o novo companheiro da cadela Mel, que perdeu a irmã há pouco tempo. “Os animais sempre foram uma paixão na minha vida, e todas as pessoas deveriam buscar a adoção para que o companheirismo seja compartilhado junto com eles”, comenta.
Outro animal escolhido na feira foi a cachorrinha Lola, que será o presente atrasado do Dia das Crianças para a filha da advogada Vanessa Grotto Zampoli, 38 anos. “Em casa tenho duas gatas, e acredito que elas se darão muito bem com a nova integrante da família”, afirma. O estudante Pedro Furlan Zanardo Louzada, 22 anos, também não deixou a oportunidade de lado e ficou com dúvidas sobre qual animal levar para casa. “É sempre bom ter um companheiro, mas, estou ainda estou decidindo qual levar”, afirma o estudante.
Enquanto a reportagem esteve no local, nenhum gato ainda havia sido adotado. Conforme explica o médico veterinário e gerente do CCZ, “o cachorro tem mais aceitação das pessoas, pelo fato dele ser considerado ‘o companheiro’, contudo, a procura por gatos também é tamanha, depende muito do tipo de pessoa que passa pela feira”.
