Animais exóticos: melhores amigos

Em PP a comunidade de amantes de pets diferentes vem crescendo

VARIEDADES - PEDRO SILVA

Data 06/11/2019
Horário 08:20
Cedida: Henrique diz que seus animais são companheiros
Cedida: Henrique diz que seus animais são companheiros

O amor dos humanos para os animais não se resume só aos cães e gatos, mas também pode ser para ratos, mini porcos, ouriços e até cobras. Sim cobras. Os pets exóticos estão ganhando cada vez mais espaço em Presidente Prudente. O Imparcial foi atrás de alguns donos desses animais.

A médica veterinária Cristiane Camarini Araújo, atua na Clínica Veterinária Fauna, tem uma Jiboia de estimação, chamada Celeste, “era sonho de criança”. A médica atende animais exóticos em sua clínica, além dos convencionais.

Cristiane, que já exerce a profissão há 25 anos, soma aproximadamente 8 mil animais exóticos atendidos. Segundo ela, os cuidados com esses pets são diferenciados. O metabolismo de um réptil é completamente diferente de um mamífero e de uma ave. Cada espécie tem um manejo e uma alimentação diferenciada. Muitas têm rações próprias no mercado, como calopsitas, tartarugas e iguanas, algumas espécies se alimentam de presas vivas, por exemplo, as serpentes, as corujas e as aranhas. Então, o dono tem que estar preparado para essa alimentação”, diz.

Para aqueles que acham que esses animais são somente para contemplação, a veterinária desmente. “Esses animais demonstram sim afeto, carinho, e reconhecem o dono”. E ainda diz que: “terceiros ficam impressionados. Muitos têm medo, outros ficam fascinados, querem pegar, passar a mão, e ter em casa”.

RATINHOS ECAMUNDONGOS
O estudante de Medicina Veterinária, Henrique Correa Coelho, tem vários roedores como pets, como esquilos da Mongólia, ratos mercol e camundongos. “Muita gente tem preconceito com esses animais, mas o preconceito vem de estereótipos, e tendo contato com esses animais você perde isso. Eu conheço pessoas que tinham nojo, e com conversas e apresentando os bichos, melhoraram”, comenta o estudante, e ainda completa. “Eles não são ratos de esgoto, não transmitem doenças, não são nojentos”.

Henrique, que tem esses pets há cinco anos, diz que é apaixonado por animais, e estuda muito sobre eles, e pode garantir que são animais companheiros, inteligentes e que gostam de carinho.  

BAILA COMIGO
A professora de dança, Shaia Zurah, sempre gostou de animais exóticos, e juntando isso a uma das especialidades da dança do ventre, que se baseia em uma dança com uma serpente, ela, há seis anos, tem Johnny como seu pet, uma serpente macho. “Minhas irmãs dançam com o Johnny também e meu pai o alimenta e faz todos os cuidados, é um animal que não tem muitas dificuldades na criação”, pontua Shaia.

A serpente, segundo a dançarina, é mais que um pet. “Para nós, é nosso parceiro de dança”.

A professora comenta com humor uma história para botar medo em quem já tem agonia desses animais. “Teve um fim de semana que estava toda a família reunida na piscina, vários parentes do meu marido, e meu pai pegou o Johnny, sem ninguém ver e o colocou na piscina. Não sobrou ninguém na água!”. Apesar do susto, ela completa. “Foi uma correria de primeira, depois quiseram ver ele de perto e viram que não precisa ter medo assim”.


 

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