AME debate acolhimento à população LGBT+

Vivência envolveu 70 colaboradores da unidade, ligados diretamente com o atendimento diário de pacientes; nova abordagem será feita em 23 de julho

PRUDENTE - Da Redação

Data 12/07/2019
Horário 06:21
AI do Hospital Regional - Ação realizada segunda debateu direito e o tratamento social de pacientes LGBT+
AI do Hospital Regional - Ação realizada segunda debateu direito e o tratamento social de pacientes LGBT+

O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Presidente Prudente realizou, na última segunda-feira, um bate-papo com os colaboradores que estão diretamente relacionados ao atendimento de pacientes, visando conscientizá-los sobre o acolhimento da população LGBT+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e queers) na unidade e debater sobre a questão da diversidade.

Os palestrantes que conduziram a discussão foram o psicólogo com especialização em Intervenções Psicossociais em Contexto de Vulnerabilidade, Edson Marcelo Oliveira Silva, e a mulher transexual e militante da causa, Walleria Suri.

Segundo Edson Marcelo, é preciso pensar ativamente sobre o direito e o tratamento social dos pacientes conforme a identidade de gênero do indivíduo. “Quando penso em trabalho na área da saúde, logo me vem à mente a palavra resiliência. O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBT no mundo e proponho que possamos refletir se nós não estamos promovendo esse tipo de comportamento no ambiente de saúde”, expõe. “Devemos respeitar o nome social das pessoas de acordo com a sua identidade de gênero, pois quando escolhemos trabalhar com o ser humano, somos desafiados a lidar com conceitos e valores diferentes dos nossos”, acrescenta.

Durante o bate-papo, que reuniu cerca de 70 colaboradores, a interação entre o público e os palestrantes foi leve e produtiva. Walleria Suri lembrou que o preconceito e a intolerância se manifestam desde as pequenas até as grandes coisas, por isso, é necessário atender com carinho e respeito todos os pacientes. “Um sorriso e uma palavra de afeto pode mudar o dia de alguém. Se uma pessoa se sente bem sendo LGBT, por que devemos confrontar isso? Se não concorda com algo que não é certo para você, então não impeça os outros de vivenciarem isso”, argumenta. 

A conversa foi uma iniciativa do Centro Integrado de Humanização do AME com a parceria do Serviço Social da unidade.

Serviço

Na terça-feira, 23 de julho, às 9h, haverá uma palestra com o tema “Identidade de gênero, o que eu tenho a ver com isso?”. A palestrante é a mestre em Sociologia Olivia Alves de Almeida. O evento é aberto ao público, no pátio do AME.

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