Alunos especiais fazem primeiro baile do projeto DJ’s Dance Music, hoje

Pedro Henrique Calil Trevisan (Síndrome de Down), Patrick Ken Kanda, 19, (autista) e Denis Watanabe, (deficiência intelectual) comandam as picapes

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 04/12/2018
Horário 04:27
Cedida: Professor Jorge e DJ Ricardo estão ansiosos para atuação dos novos DJ’s; Pedro Henrique, Patrick e Denis vão “botar pra quebrar no baile” desta noite
Cedida: Professor Jorge e DJ Ricardo estão ansiosos para atuação dos novos DJ’s; Pedro Henrique, Patrick e Denis vão “botar pra quebrar no baile” desta noite

A emoção está à flor da pele, tanto de familiares, quanto do professor Jorge e mais ainda dos seus alunos especiais, Pedro Henrique Calil Trevisan, 35 anos (Síndrome de Down), Patrick Ken Kanda, 19, (autista) e Denis Watanabe, 33 (deficiência intelectual), - que farão esta noite o primeiro baile com eles dominando as picapes, mostrando o que estão aprendendo no projeto DJ’s Dance Music.

De acordo com Jorge José da Silva, professor idealizador e desenvolvedor do projeto, o evento não é aberto ao público, apenas para algumas entidades, amigos e familiares dos jovens, no máximo 200 pessoas. Os convites, trocados por um quilo de alimento não perecível que será revertido para a Campanha de Alimentos – Natal Sem Fome, da Igreja São Francisco, esgotaram rapidamente.

“Presidente Prudente entra para a história com um evento desses. Não estamos fazendo um maior para que eles não se assustem. Nosso público maior serão as crianças se divertindo, dançando nesse baile. Estamos nos empenhando ao máximo nesse projeto porque eles amam música. O professor Ricardo está encantado com eles e muito animado”, exclama feliz o professor.

O professor Jorge menciona que o projeto DJ teve início em abril deste ano, juntamente com o de gastronomia, Especial Gourmet. Em novembro quando o Projeto Cor completou 3 anos, nasceu o Ciac (Centro de Inclusão Arte e Cultura) que engloba todos os projetos.

“Tudo isso graças ao padre Luiz Inácio, da São Francisco que nos cedeu o espaço da Fraternidade São Damião. Ele me deu toda a liberdade para trabalhar todas essas atividades. Hoje estou com 17 artistas, no Projeto Cor, que inclusive estão com exposição no AME (Ambulatório), no Especial Gourmet 7 participantes, e os três de DJ. Tenho que agradecer também o apoio do Marcelo Rodella, da Stetson, que doou  uns  equipamentos para que pudéssemos iniciar o projeto. Muito obrigado!”, agradece.

 

Rica experiência

DJ Ricardo Adriano tem 32 anos de carreira. Conta que começou na antiga boate Buana, passou pela Moby Dick, na Templo, no Cocktail Music Bar, além de festas famosas como a Festa do Di, que ocorria todos os anos na cidade.

Ele conta que no meio de abril estava em seu estúdio separando um set para uma das lives do seu programa de Flasback que vai ao ar todos os domingos pelo facebook, quando recebeu uma ligação do professor Jorge o convidando para participar do projeto.

Até então ele diz que não conhecia essa realidade de perto, da Síndrome de Down, do autismo, a não ser por reportagens na TV. O que o fez sentir certo medo. Mas, após pensar bem, aceitou o desafio qual viu como uma grande experiência, pois, nunca teve muita paciência para ensinar, para explicar...

“Fui conversar com o Jorge e as primeiras aulas começaram em maio. De lá para cá, todas as terças-feiras passo duas horas com eles, dando aulas teóricas e práticas, os conhecendo cada vez mais. Olha, esse projeto foi muito legal em minha vida! Está me fazendo muito bem onde tenho mais aprendido do que ensinado. São pessoas maravilhosas, muito inteligentes, carinhosos. Estou gostando muito de estar trabalhando com eles. Não vejo a hora de chegar a terça-feira para estar com eles, pessoas que admiro muito e respeito”, acentua o DJ acrescentando que foi um prazer ter o Jorge como um novo amigo, por ser um cara que luta por essas pessoas.

Ricardo diz que embora sejam mais lentos, os alunos aprendem com muita facilidade. E o bacana é que quando se ensina, coisas que ele já sabe, mas acaba esquecendo, ensinando-os começa perceber até algumas falhas como DJ.

“Estou realmente feliz e ansioso para esta noite. Montar os equipamentos, estar com eles e vê-los tocarem em público pela primeira vez, com jogo de luz, máquina de fumaça vai ser emocionante. Nunca vi um evento desse tipo na região. Ou seja, este é um projeto maravilhoso”, destaca o DJ.

 

 

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