Alunos e professores comentam sobre mudanças no Enem

Eles dão sua impressão sobre a prova de ciências humanas, língua portuguesa e redação, neste primeiro domingo do Exame Nacional do Ensino Médio

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 05/11/2019
Horário 09:29
 Marco Vinicius Ropelli - Alunas e professora do Mirella apontam as mudanças e dificuldades da prova de 2019
Marco Vinicius Ropelli - Alunas e professora do Mirella apontam as mudanças e dificuldades da prova de 2019

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) mudou. Se para bem ou para mal, as opiniões ainda são divergentes e desencontradas. A análise ainda é recente e incompleta, tendo em vista que a segunda fase da prova ocorre no próximo domingo, 10 de novembro, com ciências naturais e exatas. O assunto que não sai da boca de estudantes e professores neste pós-Enem, entretanto, é a redação e seu tema surpreendente.

A aluna do 3° ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Mirella Pesce Desidere, Camila Nunes Ferreira, 16 anos, foi entrevistada por este diário enquanto se preparava para a prova. Na ocasião, a estudante afirmou esperar temas relacionados ao meio ambiente, causas sociais e afins. Hoje, ela afirma que “Democratização ao acesso ao cinema no Brasil” foi uma surpresa, e relativamente complexo, já que não se trata de um assunto muito discutido em salas de aula. Camila acredita que os textos de apoio que acompanham o tema não “apoiaram” devidamente os que prestaram o exame.

O coordenador do Ensino Médio do Grupo Marista e também da Escola Champagnat, Evandro Espanhol, analisa que a prova surpreendeu positivamente pelo equilíbrio. “Esperava-se que ela viesse menos engajada nas questões sociais, mas ao contrário, contemplou importantes temas sociais”, afirma Evandro. Sobre a redação, ele entendeu como um tema que dialoga com temas anteriores, além de ser uma questão “social e cotidiana”, ainda que seja mais complicada para os brasileiros que não possuem acesso ao cinema.

Compartilha desta opinião a professora de História da escola Mirella, Adriana de Fátima Silva Biancatti, 51 anos. Ela considera que o tema pode ser um divisor de águas entre escolas públicas e particulares, levando em conta a bagagem cultural dos alunos que está associada à condição financeira. Adriana acredita, também, que nas ciências humanas, é notável uma tendência à menor espaço para interpretação, maior interdisciplinaridade e questões mais diretas com necessidade de conhecimento técnico.

Marcely Gonçalves, 15 anos, realizou a prova como treineira, já que ela cursa o 2° ano do ensino médio. Por isso, ela destaca que a prova foi tranquila e sem quaisquer intercorrências, mas a maior lição ela tira da preparação para a redação: “Fomos pegos de surpresa. Você raramente vai acertar o tema, então, o melhor é ver de tudo um pouco, não ficar focado em um ou outro tema provável”, completa.

SAIBA MAIS

A escola Champagnat inicia as atividades letivas em Presidente Prudente em 2020, entretanto, o colégio, pertencente ao grupo Marista, já está realizando matrículas para o próximo ano. A pré-matrícula é realizada presencialmente na escola (Rua 15 de Novembro, 1146 – Vila Dubus). Mais informações: www.escolachampagnat.com.br e 3311-3569.

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