Alta responsável promove continuidade em tratamento

Fórum organizado ontem pela santa casa de Prudente tratou do funcionamento do dispositivo com funcionários da área da saúde

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 16/10/2018
Horário 06:09
Marcio Oliveira - Realizado ontem, fórum foi destinado a profissionais da área da saúde
Marcio Oliveira - Realizado ontem, fórum foi destinado a profissionais da área da saúde

Com discussões pertinentes desde meados de 2013, o dispositivo “alta responsável” é um dos indicadores estaduais analisados pela Secretaria de Estado da Saúde, a fim de promover repasse a hospitais públicos. Certo é que tal ação promove continuidade no tratamento médico com eficácia, visando o bem-estar geral do paciente em atendimento. O assunto foi discutido ontem, pela Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, que realizou o Fórum de Alta Responsável, que tratou sobre o funcionamento e o passo a passo da experiência com profissionais da área da saúde.

De antemão, o supervisor de qualidade e segurança do paciente do hospital, Leandro Rodrigues da Rocha, explica o que é a alta responsável. Em síntese, ele resume o dispositivo na palavra comunicação. “A partir do momento em que o paciente recebe a dispensa da unidade de saúde, a alta responsável permite que seja feito um comunicado oficial às unidades de saúde do município, para a continuidade dos cuidados”, completa.

Ainda de acordo com Leandro, a ideia geral é promover o bem-estar do paciente, proporcionar mais estrutura às famílias e equipes locais, a fim de prepará-las para receber o enfermo de forma mais integral. “Antes, o paciente saía do hospital e acabou. Hoje não, essa comunicação feita entre as unidades de saúde permite que, caso ele precise ser atendido de novo e localmente, esse comunicado possa explicar o tratamento que ele enfrenta ou já passou, os cuidados necessários a ele, entre outros”, detalha. E por sua vez, isso também evita a “reinternação” do indivíduo, as chances dele precisar voltar a um hospital, bem como a possibilidade de desinchar entidades e melhorar o atendimento prestado.

Na santa casa, desde maio - quando a alta responsável se consolidou - 68 pacientes foram monitorados, de acordo com a enfermeira paliativista da unidade, Carla Ribeiro. E no ensinamento repassado ontem, aos trabalhadores da área, o cunho foi pensando na ampliação desse número. No hospital, 50% dos atendimentos são pertinentes a moradores da região.

E para que isso funcione corretamente e de forma otimizada, o coordenador do Núcleo Técnico de Humanização da SES, Vanderlei Camargo Freitas, entende que deva haver uma harmonização entre os três pilares: Estado, município e hospital. “A comunicação entre esses entes deve ser frequente, a fim de facilitar a continuidade do tratamento médico do paciente”, pondera. Aliás, ele enfatiza que a alta responsável é um indicador do Estado e que deve ser cumprido para que o repasse seja feito. E quem vai cuidar dessa fiscalização é o DRS (Departamento Regional de Saúde) responsável, por meio do articulador de humanização.

O evento foi organizado pela Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, em parceria com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), com o apoio do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde-Onze), cuja sede é em Prudente, e abrange 45 cidades do entorno, locais esses em que o dispositivo começa a ser fomentado ainda mais, conforme a organização.

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