Alagamento no Parque do Povo é questão urgente

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 15/01/2020
Horário 05:02

Em Presidente Prudente, há um contraste bem evidente: o Parque do Povo dos fins de tarde e dos finais de semana e o Parque do Povo das chuvas e alagamentos. O primeiro é aquele típico do comercial de televisão, com famílias e amigos compartilhando juntos um espaço democrático e bonito, enquanto o segundo é aquele digno de um filme de intempéries, nos quais carros são submersos ou arrastados pelas águas.

Este diário já noticiou os dois panoramas. O cenário positivo é inegável: de fato, o Parque do Povo é um importante local para a promoção de lazer e turismo na cidade, uma vez que atrai diariamente inúmeras pessoas motivadas pelas mais diversas finalidades: passeios, piqueniques, práticas esportivas, eventos culturais, entre outros. No entanto, dependendo das circunstâncias, este mesmo lugar prazeroso pode se transformar em uma zona de risco, como a que testemunhamos com frequência. A mais recente ocorreu no final da tarde de segunda-feira, quando um “rio agitado” cobriu a área, invadindo estabelecimentos e carregando veículos.

As autoridades reconhecem o problema e sabem que medidas precisam ser tomadas, mas se esbarram no principal problema: a falta de aporte financeiro. Em nota, a Prefeitura admite a necessidade de promoção da macrodrenagem do Córrego do Veado, com abertura de novas galerias e ampliação da vazão nas já existentes, além de refazer a ponte na altura do Walmart. Entretanto, alega que tais obras requerem investimentos muito altos e o município, sozinho, não tem condições de suportá-los, sendo necessário o apoio de outras esferas de governo ou de empréstimos bancários por parte de instituições internacionais.

É compreensível a falta de disponibilidade orçamentária para um projeto tão oneroso, mas é importante que soluções sejam pensadas a curto prazo para tornar este espaço menos propício a tragédias. O Parque do Povo está situado em uma área central, marcada por um alto número de estabelecimentos comerciais e grande fluxo de pessoas e veículos, e, muitas vezes, torna-se impossível se antecipar às chuvas, já que os alagamentos são imediatos logo após o início delas. Felizmente, os prejuízos registrados nos últimos dias não incluíram vidas humanas, mas não podemos permitir que estas sejam ceifadas para só então começar a agir.

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