Moradores do distrito de Eneida, em Presidente Prudente, dividem opiniões sobre a situação de dois banheiros públicos mantidos a portas fechadas na Avenida Doutor Cerávolo, ao lado de um campo de futebol e de uma pista de caminhada. Conforme os munícipes, o responsável pelas chaves reabre os sanitários somente aos finais de semana, quando um armazém contíguo serve de bar para a comunidade. Enquanto alguns defendem que os banheiros permaneçam abertos no decorrer de toda a semana, outros acreditam que o fechamento impede ações de vândalos e o uso por pessoas mal intencionadas.
Dois funcionários públicos, que não quiseram se identificar, trabalham nas imediações e gostariam de poder utilizar os banheiros nos momentos de necessidade. A alternativa é buscar um sanitário situado na praça de lazer do distrito ou correr para suas casas. Eles relatam que já apresentaram a demanda para a Prefeitura, no entanto, “nenhuma medida foi tomada em relação ao caso”.
A funcionária pública Maria de Macedo, 69 anos, mora defronte ao campo de futebol e, embora não frequente a área, acredita que os banheiros deveriam ser colocados à disposição dos usuários em horários específicos. A seu ver, uma pessoa poderia ficar encarregada de abri-los pela manhã e fim da tarde, quando os moradores usam a pista de caminhada para atividades físicas. “Passados esses horários, bastava trancar novamente para não virar bagunça”, comenta. O tratorista Gilmar Barbosa de Jesus, 30 anos, também concorda em disponibilizá-los para quem caminha nas imediações e, porventura, sente vontade de ir ao banheiro. Porém, assim como Maria, entende que deve ser determinado um período para o uso.
Por outro lado, há aqueles que veem o fechamento dos banheiros como uma medida benéfica. Para o supervisor de manutenção, Luan Thiago da Fonseca, 27 anos, e o servente Mário César Faustino, 39 anos, o acesso aos locais deve ser mantido apenas aos finais de semana e em dias de jogos, que são os momentos de maior fluxo na área. “Foi um alívio quando fecharam as portas, pois as pessoas estavam utilizando os banheiros para coisa errada. Assim, pelo menos, ficam conservados e seguros”, consideram.
A reportagem solicitou um posicionamento à Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) a respeito do assunto, contudo, não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
