A Prefeitura de Presidente Prudente, por meio do Caps-AD 3 (Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas) e Caps Infantil, promoveu ontem uma mobilização sobre o Dia Mundial de Combate ao Uso de Drogas. A data escolhida pela ONU (Organização das Nações Unidas) alerta que o uso de drogas é um mal social em todo o mundo. Para sensibilizar sobre o tema, no Calçadão foi feita uma abordagem, por meio da distribuição de panfletos e aplicação de testes para avaliação de dependência de múltiplas drogas. Segundo dados do órgão, atualmente há aproximadamente 400 pacientes ativos em acompanhamento em Presidente Prudente, com cerca de 2 mil atendimentos por mês.
De acordo com a enfermeira do Caps-AD 3 e especialista em dependência química, Roberta Stephanie Sumac Zancanaro, de 36 anos, a ação teve o objetivo de orientar a população a respeito do uso de substâncias químicas, e tentar identificar indivíduos que, por vezes, ainda não são considerados dependentes, mas que estão em uso abusivo e encaminhar para os locais de acompanhamento. Atualmente, o uso de sustâncias vem aumentando principalmente em adolescentes, explica a enfermeira, então a identificação precoce nesse público proporciona um tratamento para que na fase adulta não estejam em dependência dessas sustâncias.
Atendimento
Segundo a enfermeira, atualmente, dentro da rede municipal de saúde, as UBS (Unidades Básicas de Saúde) são equipadas com uma equipe de saúde mental capacitada para fazer a primeira abordagem ao paciente. Nesses locais, é realizado um teste de triagem e, se identificado o uso abusivo ou dependência, os indivíduos podem ser encaminhados ao Caps.
O teste consiste em uma triagem estruturada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), e é utilizado para identificação de todos os tipos de sustâncias. “Existe um cálculo [score] de acordo com as questões que o paciente responde, e diante de uma pontuação isolada de cada sustância, identificamos se ele é um dependente químico, se esta em intervenção breve ou se ainda não necessita de nenhuma abordagem técnica”.
Após os testes, se identificado uma dependência química da sustância, o paciente é sensibilizado para início do tratamento. Segundo a especialista, o tratamento pode ser domiciliar, ou seja, ele frequenta as atividades da unidade de atenção psicossocial, e nos casos mais avançados é proposta a desintoxicação através dos oito leitos do Caps. “O Caps-AD 3, da Cohab, trabalha com a dependência química para adultos acima de 18 anos, em atendimento 24h, lembrando que não é urgência-emergência. No caso de crianças e adolescentes em uso de sustâncias, o atendimento é feito pelo Caps Infantil”, diz a enfermeira.
