Ação oferece testes gratuitos de hipertensão na Praça Nove de Julho

Quem passou pelo local recebeu panfletos informativos, aferir a pressão arterial, realizar exame de glicemia e cálculo do Índice de Massa Corporal, além de ter orientação nutricional

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 09/12/2018
Horário 05:02
Marcio Oliveira - Atendimentos foram realizados na Praça Nove de Julho, ontem pela manhã, e atingiram entre 300 e 500 pessoas
Marcio Oliveira - Atendimentos foram realizados na Praça Nove de Julho, ontem pela manhã, e atingiram entre 300 e 500 pessoas

A cada dez testes de hipertensão realizados pelo Carim (Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico e Transplantado), ao menos dois possuem alteração, de acordo com o nefrologista Gustavo Navarro Betônico. A informação faz com que uma preocupação seja gerada, uma vez que tais pessoas que possuem problemas arteriais estão no topo dos grupos de risco a também desenvolverem uma patologia renal. Com base nisso, ontem, na Praça Nove de Julho, em Presidente Prudente, a entidade realizou uma ação que tratou da prevenção contra as doenças renais, bem como salientou a importância da doação de órgãos.

O famoso “prevenir é melhor que remediar” foi o ponto alto do encontro. Na ocasião, quem passou pelo local pôde receber panfletos informativos, aferir a pressão arterial, realizar teste de glicemia e cálculo de IMC (Índice de Massa Corporal), além de ter orientação nutricional. Tudo em busca de ressaltar os cuidados com a saúde, a fim de evitar futuros problemas.

O presidente da entidade, Cássio Mitsuo Tubone, argumenta sobre a questão ao apontar que, hoje, quem precisa encarar um tratamento para problemas renais sofre, em vista da falta de disponibilidade. “Não há mais cadeiras suficientes na cidade, quando se fala em hemodiálise, por exemplo. Daí vem a importância de promover a prevenção às doenças, como a maneira de evitar que os procedimentos sejam necessários”, completa.

Fora isso, o médico nefrologista cita ainda o custo que o tratamento de insuficiência renal traz, que não se resume ao financeiro, ao lembrar-se da necessidade de mais recursos para atender a todos, mas sim a parte social, em vista do sofrimento que é gerado. “O paciente não pode trabalhar, ele precisa de acompanhamento dos familiares e passa a ter uma vida muito mais regrada”, aponta.

E, nos casos em que possivelmente há alteração mais grave, quem fez parte da ação recebeu encaminhamento a uma clínica parceira do Carim para fazer o exame de creatinina, que é um exame de sangue específico para verificar e avaliar a função dos rins. Logo pela manhã, algumas pessoas já chegavam pelo local, no entanto a organização não chegou a contabilizar o atendimento. Contudo, de acordo com o presidente, a ações geralmente chegam a atender de 300 a 500 pessoas.

Doação de órgãos

Um fato importante debatido no encontro também foi a questão da doação de órgãos. Hoje, Cássio elenca Prudente como um local defasado no que tange aos transplantes realizados, que pode ser associado com a baixa quantidade de pessoas que se declaram doadoras. “Ainda é um assunto problemático aqui na região”, lamenta.

E a principal “pedra no sapato”, ainda de acordo com ele, é a aceitação das famílias em realizar o procedimento. “Como não existe nenhum documento que você possa assinar em vida, autorizando a doação de seus órgãos, o essencial é deixar explícito a sua vontade para o grupo familiar, que deve ser respeitada. Mas ainda é difícil”, finaliza.

 

SAIBA MAIS

Córneas, coração, pulmões, rins fígados, pâncreas, ossos, medula óssea, pele e válvulas cardíacas podem ser doados, mas somente após a autorização da família. Em vida, qualquer pessoa saudável pode concordar com a doação de rim ou medula óssea, ou o transplante de parte do fígado ou do pulmão para um de seus familiares. Para doadores não familiares, é necessária autorização judicial.

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