Ação alerta 400 pessoas sobre riscos de automedicação

Encontro no centro de PP foi pensado a partir de uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia que constatou a prática em 77% dos brasileiros entrevistados

PRUDENTE -

Data 12/05/2019
Horário 06:00
José Reis -  Ação de ontem contou com orientações, testes de glicemia e aferição de pressão arterial
José Reis -  Ação de ontem contou com orientações, testes de glicemia e aferição de pressão arterial

O CFF (Conselho Federal de Farmácia), em pesquisa recente, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Para alertar sobre a gravidade do problema e para prestar serviços de atendimento ao público é que o conselho realizou na manhã de ontem, no centro de Presidente Prudente, uma ação em parceria com alunos de Farmácia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) para alertar sobre o tema com, por exemplo, orientações, testes de glicemia e aferição de pressão arterial. Cerca de 400 pessoas passaram pelo local.

Segundo o estudo em questão, detectou-se ainda uma modalidade diferente de automedicação, conforme o CFF, a partir de medicamentos prescritos. Neste caso, a pessoa passou pelo profissional da saúde, teve um diagnóstico, recebeu uma receita, mas não usou o medicamento conforme orientado, alterando a dose receitada. “Depois do médico, a internet e a bula são as principais fontes de informação para sanar dúvidas relacionadas ao uso de medicamentos. Os farmacêuticos foram a quarta fonte mais consultada”.

Por isso é que a ação foi pensada, o que, segundo a delegada regional do Conselho Regional de Farmácia, Rosilene Viel, visa trazer a qualidade de vida à população. “Esse dado é muito preocupante, e sabemos que a automedicação traz riscos de que não haja efeito desejado ou no caso de antibióticos, por exemplo, crie-se uma resistência da medicação e dificuldade em curar as doenças”.

População presente

A educadora infantil de 51 anos, Maria do Carmo, afirma que passava pela Praça Nove de Julho para dar umas olhadas nos presentes para o Dia das Mães, quando viu a movimentação da ação. “É preciso cuidar da saúde, que é nosso bem maior. Por isso, aproveitei a oportunidade para ver como estão as coisas, mesmo não sendo adepta da automedicação”. Quem também resolveu participar foi a dona de casa de 58 anos, Cleusa Pedroso, que afirma tomar “apenas” remédios para dor sem a busca de uma receita ou profissional. “É quando tenho dor de cabeça ou no corpo e acredito não ter problema. De qualquer forma, vim ver como está minha saúde”.

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