78 ANOS DO MORRO DO DIABO

Parque estadual, criado como reserva em 1941, possui 33,8 hectares de mata atlântica de interior e recebeu, até setembro, mais de 20 mil visitantes

REGIÃO - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 29/10/2019
Horário 08:12
Cedida - Parque estadual é a maior reserva de mata atlântica do interior do Estado
Cedida - Parque estadual é a maior reserva de mata atlântica do interior do Estado

Faz 78 anos, hoje, o PEMD (Parque Estadual do Morro do Diabo). A reserva ambiental, localizada em Teodoro Sampaio, é considerada o maior fragmento de mata atlântica conservada do interior do Estado de São Paulo, além de ser a única área de floresta de planalto que restou em território paulista, com 33,8 mil hectares de extensão, confirmando a importância no grande número de visitações: até setembro, 22.410 pessoas estiveram no Morro do Diabo.

Para este aniversário, a direção do parque realiza hoje atividades com um grupo da melhor idade, que praticarão ginastica, farão as trilhas da sede da reserva, semearão mudas de plantas e cantarão, com direito a bolo, os parabéns ao parque estadual. Além disso, durante toda a semana, das visitações agendadas, todos os integrantes plantarão mais mudas, com o objetivo de formarem um bosque que ficará marcado na história dos que passaram por lá e do próprio parque aniversariante, explica o gestor do PEMD, Eriqui Marqueti Inazaki, 40 anos.

MORRO DO DIABO

ONTEM E HOJE

A reserva foi criada, por decreto, em 29 de outubro de 1941, e a partir de 1986 passou à categoria de parque estadual. Atualmente, o local se destaca em quatro aspectos, enfatizados por Eriqui: o fato de ser um dos maiores fragmentos de mata atlântica de interior que restou; de servir de moradia para diversas espécies animais ameaçadas de extinção; o bom estado de conservação, que permite diversidade de espécies vegetais no Pontal; e ser um núcleo de educação ambiental, “uma escola a céu aberto”.

O PEMD abriga antas, queixadas, bugio, puma, onça-pintada e a espécie de primata mais ameaçada do mundo, o mico-leão-preto. O parque também é conhecido pelas espécies de aves, são mais de 400, borboletas e mariposas. Apesar da conhecida rica diversidade, ainda são descobertas novas espécies no local.

O parque, hoje, é importante espaço para pesquisadores, principalmente de universidades e do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas). Estão cadastradas, no local, 24 pesquisas autorizadas, que abrangem desde as micro-orquídeas até análise das águas, ar e animais como a onça-pintada e o mico-leão-preto.

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