Presidente Prudente contava, em setembro deste ano, com 57.717 linhas telefônicas fixas, número 23% menor que o registrado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no mesmo mês em 2013, 74.594 linhas. A Assessoria de Imprensa da agência informa que a redução se deve, principalmente, à concorrência das redes móveis, que além de proporcionarem as ligações, atende a maior demanda da atualidade, àquela por dados de internet.
As empresas de telecomunicações se dividem em dois grupos, apesar do serviço, para o consumidor, não possuir diferenças: as concessões, que representam a União nas telecomunicações e tem como obrigação universalizar as linhas individuais e públicas (orelhões) com a contrapartida da tarifa e equilíbrio econômico financeiro; e as autorizações, cujas empresas atuam em regime de mercado, sem que o serviço seja prestado em nome da União, neste caso, não existem tarifas, mas preços.
Em Prudente, assim como em todo Brasil, as concessões caíram de 67.504 (2013) para 36.005 (2019), enquanto as autorizações saltaram de 7.345 (2013) para 23.315 (2019), tendo em vista que as atribuições da concessão como universalização das linhas fixas particulares e orelhões já não representam as demandas atuais.
POR QUE CANCELOU
O TELEFONE FIXO?
O professor Rogério da Silva Filho, 27 anos, afirma ter cancelado sua linha telefônica, pois, depois de análises, percebeu se tratar de um custo alto para um aparelho de funções restritas e pouco utilizado. “O valor que eu pagava para manter o telefone fixo é quase o mesmo que pago em um plano de celular que proporciona, além de ligações, SMS e internet”, destaca.
Outro ponto que Rogério enfatiza é a mobilidade dos celulares. Quando há quatro anos ele ainda possuía aparelho fixo, poucas pessoas passavam o dia em casa, o que tornava o telefone de mesa inutilizado. “Meu celular é tanto para a vida social como para o trabalho. Uma tentativa do telefone fixo se modernizar foi a bina, mas enquanto as operadoras cobram por isso, o celular faz de graça”, pontua.
POR QUE MANTÉM
O TELEFONE FIXO?
Sócio do comércio Eletrônica Renê, Admilson Castilho Tarifa, 53 anos, afirma que a loja ainda depende muito do telefone fixo, tanto que possuem três linhas operantes. De qualquer forma, o empresário garante que essa importância vem sido substituída por site, redes sociais e até o Whatsapp. “As mídias sociais vêm ganhando espaço, pois conseguimos enviar fotos, documentos, boletos, mas o telefone fixo continua, comercialmente, muito ativo, toca muito”.
Admilson acredita que em um futuro próximo essa realidade mude, tanto que confessa que na vida pessoal utiliza muito pouco o aparelho fixo, mas, ainda assim, continua a apostar no uso e até na venda de telefones de mesa e sem fio, mas salienta que, dos vendidos, 80% têm fins comerciais.
Número de linhas telefônicas fixas em Prudente
Tipo de Outorga |
Setembro de 2013 |
Setembro de 2019 |
Autorização |
7113 |
22.195 |
Concessão |
67.481 |
35.532 |
Fonte: Anatel