A montagem de coleções fez parte da infância de muitas pessoas, tradição que vem perdendo força com o advento da tecnologia. A fim de permitir a troca de experiências e objetos com colecionadores de diversas partes do Brasil, aproximadamente 53 pessoas participam do Encontro Nacional de Multicolecionismo neste fim de semana, no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente, que teve início no feriado. De acordo com o presidente da Associação Prudentina de Multicolecionismo, José Eduardo Vicava, a expectativa é que até a tarde de hoje, passem pelo local, aproximadamente, mil pessoas.
O presidente da associação coleciona diversos objetos. Dentre os que mostrou à reportagem, estão moedas e notas de R$ 1, catalogadas por período político. No evento, procura trabalhar com escambo, onde permite a troca de seus objetos. “Recentemente, troquei 40 colherinhas de prata e ouro por duas moedas que faltavam em minha coleção. O negócio foi ótimo e as partes ficaram felizes, porque fazemos o que gostamos”, afirma Luiz.
O senhor Eudésio Cláudio Verduro, 66 anos, considera que o colecionador “é um louco por natureza”. Cédulas de cruzeiro e canetas com propagandas estão entre as peças antigas. Mas o que se destaca no estande do aposentado é a chamada “coleção de mim mesmo”. O trabalho se resume em fotos do expositor, no estilo 3x4, que retratam a trajetória de vida a partir dos 2 anos de idade. “Todo mundo me pergunta se é foto de gente morta, mas eu caio na risada e conto um pouco da história de cada momento vivido”, afirma.
O pecuarista Fábio Rogério de Oliveira, 46 anos, tirou um tempinho para apreciar as variedades em coleções que o encontro oferece aos amantes. “Quando eu era criança, tinha o costume de colecionar álbuns de figurinhas da Copa do Mundo, mas percebo que, com o passar do tempo, esta paixão foi sendo deixada de lado. Vejo pelo meu filho, que prefere jogos tecnológicos a atividades de coleção, por exemplo”, comenta.