48,46% dos produtos mantêm preços em entreposto

Dos 130 produtos comercializados pelo entreposto prudentino de maio a junho, 33,08% (43) tiveram alta, enquanto 18,46% (24) apresentaram queda nos valores

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 16/07/2019
Horário 07:41
Weverson Nascimento - Hortaliças apresentam alta devido à produção, porém no frio o consumo é menor
Weverson Nascimento - Hortaliças apresentam alta devido à produção, porém no frio o consumo é menor

De 130 produtos comercializados pelo entreposto de Presidente Prudente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), 48,46% (63) terminaram julho com seus preços estáveis na comparação com o mês de maio. No mesmo período, 33,08% (43) tiveram alta, enquanto 18,46% (24) apresentaram queda nos valores. Entre os principais produtos que estavam em alta no mercado hortifrutigranjeiro, destaca-se o alho, cebola, caqui, uva e principalmente a alface que pertence ao grupo das hortaliças. Para os comerciantes as condições climáticas do período foi um fator primordial para as variações de preços, além das estações de produção dos alimentos. 

Quanto à espécie das hortaliças, em especial a alface, a boxista da Sugano Comércio de Frutas, Dirce Tomie Sugano, explica que os locais em que normalmente acontecem as geadas, às vezes afetam a produção, mas que também no frio o consumo é menor. “Com isso, acaba sobrando no mercado, tanto é que tem muita promoção agora porque o pessoal consome menos e a produção aumenta somente em um clima mais ameno”.

O mesmo acontece com as frutas, diante das mudanças de estações o consumidor acaba deixando o produto de lado e optando por outros, conforme diz o proprietário da OMS Frutas, Osvaldir Stafuzza, de 50 anos. Segundo ele, há uma queda nas vendas por conta do frio, mas os preços se mantêm estáveis. “Há uma oscilação diante da época e também do período de safra que influência diretamente nos preços” destaca.

Outro fator que influencia nos preços é a disponibilidade da produção local, explica Dirce. “Temos como exemplo produtos do norte e nordeste, como a manga. Como aqui não é época, o preço acaba subindo até se estabilizar diante da produção local”. 

Em alta

No levantamento feito através dos dados comparativos, o chuchu, a abobrinha, o pepino comum e o japonês, também apresentaram alta nos valores. De acordo com Dirce Sugano, o principal fator é devido ao frio no sul, por isso alguns produtos são afetados diretamente. “Além disso, temos o mamão que não amadurece, então, tudo está ligado ao clima, ou seja, esfriou, diminui a produção. Tudo é oferta e procura e, consequentemente, se a oferta for menor, sobe os preços. Quanto à procura, se ela for maior, aumenta também o preço”, relata.

No caso das batatas, que também apresentaram alta nos valores, o comerciante Osvaldir relata que o principal fator foi decorrente das chuvas, “que ocasionaram uma queda na produção, automaticamente, lei da oferta e da procura, acabou subindo o preço”, cita.

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