32 são presos nas imediações do camelódromo

Dados são da Polícia Militar, referente aos meses de julho a dezembro de 2017; lojistas reclamaram de usuários de drogas

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 17/01/2018
Horário 11:23

Pra quem trabalha no Shopping Popular, o camelódromo de Presidente Prudente, como já noticiado por O Imparcial, a situação de desconforto aumentou, diante a presença de “moradores de rua e usuários de drogas” em suas redondezas, com reclamações até de risco aos lojistas. No entanto, a Polícia Militar informa que realizou, no último semestre, 32 prisões nas imediações, além de outras duas apreensões de objetos e produtos ilícitos. Para que as diligências ocorram, o policiamento afirma que tem intensificado o efetivo de diversas formas.

Seja “com a entrada de viaturas quatro rodas, policiamento a pé, policiamento com Rocam [Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas], Força Tática, Canil e pela linha férrea”, com a Cavalaria. Ainda como destacado pela PM, tal situação proporcionou as prisões efetuadas de janeiro a dezembro de 2017, correspondentes a 14 detenções por flagrante de tráfico de drogas, 17 por meio de mandados de prisões e um por crime de furto.

No entanto, a PM ressalta que, embora o patrulhamento seja feito no local, a Polícia Militar não deixa de ser legalista, “e que nada havendo de irregular ou ilegal com os moradores de rua, estes possuem o direito constitucional de ir e vir, ficar, estar e permanecer nos espaços públicos”, pontua.

 

Proteção social

O assunto voltou à tona na última semana, como noticiado por este diário, uma vez que moradores de rua, tido como “usuários de drogas” pelos lojistas que atuam no camelódromo, tomaram conta de espaços nas imediações do local. Na reportagem, a Polícia Militar foi questionada sobre o policiamento atuante no perímetro, mas não obtivemos respostas.

Contudo, a PM, desta vez, lembra que são realizadas operações em conjunto com a Prefeitura, por meio da Sedepp (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente), “para a fiscalização de hotéis, pensões e demais estabelecimentos no entorno do Shopping Popular, bem como, o recolhimento dos materiais descartados por tais moradores, como colchões, roupas ou outros objetos abandonados, promovendo-se a limpeza do local”, destaca.

Por ser um assunto delicado e muitas vezes tratado em outras oportunidades, a polícia garante que o tema merece um debate mais amplo na sociedade, com o objetivo de que novas soluções surjam sobre as questões do moradores de rua, “que de forma involuntária, porém, sistêmica, é fortalecida por fornecedores de boa-fé de alimentos no próprio local ou em lanchonetes e restaurantes. “Esses também recebem roupas, colchões e pequenas quantidades de dinheiro”, completa.

 

SAIBA MAIS

Sobre os boletins de ocorrência elaborados no Shopping Popular, quando há a constatação de que aquelas pessoas se encontram em situação de vulnerabilidade, a PM frisa que estes são compartilhados com a “Rede de Proteção Social” existente em Presidente Prudente, que é composta por órgãos do município, como a Assistência Social, Creas-POP (Centro de Referência Especializado em Assistência Social) e o conselho, “mas a decisão de receber auxílio social ou tratamento de saúde é exclusiva do morador de rua ou dependente químico que naquelas condições se encontra”.

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