3 terminais urbanos de PP seguem inoperantes

No da zona leste, onde serviço funciona normalmente, reclamação dos usuários é em relação às “péssimas condições” do espaço

José Reis | Usuários pedem reformas para o espaço, único que já foi oficialmente entregue à população
José Reis | Usuários pedem reformas para o espaço, único que já foi oficialmente entregue à população

Três terminais urbanos de Presidente Prudente, localizados nas zonas oeste, sul e norte da cidade, encontram-se inoperantes após finalização das obras. A reportagem esteve nos locais, averiguou a situação do espaço construído na Rodovia Arthur Boigues Filho, conhecida também como Estrada da Amizade, e constatou o lugar com fiação, banheiros e equipamentos abertos. Por meio de nota enviada pela Secom (Secretária Municipal de Comunicação), a Prefeitura informou que o Executivo acredita que este ainda não é o momento de colocá-los em operação, diante da frota do novo sistema de transporte coletivo ainda não estar completa. As estruturas foram construídas ao longo do ano de 2016, mas apenas o da zona leste foi oficialmente entregue à população.

Ainda conforme a nota, a utilização dos novos terminais implica uma mudança significativa das linhas de ônibus, e isso só será possível quando o edital estiver totalmente cumprido. O funcionamento dos terminais urbanos já finalizados deve ocorrer após tempo hábil com ampla divulgação para que os usuários possam se adaptar. A Soasp (Secretária Municipal de Obras e Serviços Públicos) também já acionou a empresa responsável pelas construções dos terminais, para que esta faça os reparos necessários. Como os prédios ainda não foram entregues oficialmente à população, a responsabilidade pela sua manutenção é das construtoras.

Procurada pela reportagem, a representante da empresa Prudente Urbano, Renata Moço, diz que aguarda as orientações da Semav (Secretária de Assuntos Viários e Cooperação Pública), pois fazem parte do projeto de implantação do plano de mobilidade. As orientações devem ocorrer até o dia 4 de abril, prazo final que a administração municipal concedeu para que a empresa cumprisse todos os termos do contrato previsto.

 

Zona leste

Em contrapartida, o terminal urbano da zona leste segue em operação diária. Contudo, a reclamação dos usuários é em relação às péssimas condições do espaço. Banheiros sujos e fechados, vidros quebrados e falta de funcionários são alguns dos apontamentos. Segundo a estudante, Yara Santana de Oliveira, 20 anos, o terminal é novo, mas encontra-se em situação de abandono, pois não tem manutenção diária, e os vândalos acabam tomando conta do local. Ela conta que até pouco tempo, as vias do terminal passaram por recapeamento após insistentes pedidos dos moradores.

Outra queixa da usuária é em relação ao parquinho, que integra o espaço do terminal. “Está cheio de mato, não tem como o idoso ou a criança utilizar”. Segundo a estudante, a situação do funcionamento dos ônibus é normal, o que acontece é que às vezes chegam veículos em péssimas condições, e que na maioria das ocasiões, os moradores com necessidades especiais não conseguem embarcar.

Para a cabelereira, Glória Barbosa, 60 anos, a falta de fiscalização é o que ocasiona a situação de abandono. “Acho que se fizeram um terminal urbano, ele é para ser usado, algo que não acontece plenamente devido às condições”. De acordo com a moradora, os usuários não podem fazer o uso dos sanitários e nem a busca por informações. “Esse é o nosso Brasil, cheio de situações absurdas, um dinheiro público que poderia ser utilizado de outras maneiras, como por exemplo, comprar remédio para as pessoas necessitadas”. Para Glória, uma solução cabível é a reforma do terminal e a contratação de alguns funcionários.

 

Outro lado

Em meio à situação de “abandono” relatada, por meio da Secom, a administração municipal garante que está “atendendo as demandas sobre manutenção de parques e praças. Os trabalhos são interrompidos quando o tempo não permite, mas o cronograma continua”. Quanto ao terminal, solicita ajuda da população e diz que cabe a ela colaborar através de denúncias, por dos telefones policiais e do 156 - ouvidoria da Prefeitura -, a fim de identificar “quem está depredando o patrimônio publico que é do próprio munícipe”. As trocas dos objetos destruídos serão executadas ao longo da programação, afirma o órgão.

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