A Justiça condenou 3 das 4 pessoas que foram acusadas de participar de um esquema de fraudes do Detran-SP (Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo), em Adamantina. Entre as condenações, estão dois funcionários da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) municipal, sendo um homem e uma mulher, além do namorado da indiciada. Cada um dos servidores pegaram 12 anos de prisão, e o terceiro pegou 6 anos. Ao todo, seis casos de infrações que não foram lançadas no sistema foram comprovados.
No entanto, conforme a Polícia Civil, a pena dos condenados ainda pode aumentar, uma vez que as investigações continuam e casos ainda estão sendo analisados, para verificar se houve ou não a anulação das multas. O último suspeito, que foi preso com os demais no fim de julho, conforme noticiado por este diário, foi absolvido da acusação.
Em novembro de 2016, a Polícia Civil de Adamantina, juntamente da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), deflagrou a operação policial que investigava supostas fraudes em multas de trânsito no município. Alguns meses depois, as autoridades chegaram até os nomes e com a informação preliminar de que aproximadamente 160 pessoas se beneficiariam com o sistema.
Na época em que os condenados foram presos, o Detran relatou que estava contribuindo com as apurações. Na tarde de ontem, o departamento defendeu que a condenação do funcionário foi em primeira instância na esfera criminal, na qual ainda cabe recurso. “O processo administrativo se encontra em curso. Se comprovadas irregularidades, o servidor sofrerá penalidades, como uma possível exoneração”, expõe.
Esquema
O esquema funcionava da seguinte forma: as multas que eram realizadas nas vias eram recepcionadas pelos dois funcionários do órgão de trânsito, que, com a ajuda do outro comparsa, procuravam os respectivos motoristas autuados e cobravam valores para não lançar as infrações no sistema do Detran.