As más condições em que um aterro sanitário pode ser encontrado servem como parâmetro para continuar com seu funcionamento ou não. Neste cenário inadequado, pelo menos três cidades da região estão com vazadouros a operar de modo que ficam próximos até mesmo da interdição. Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), os apontamentos são referentes aos municípios de Álvares Machado, Euclides da Cunha Paulista e Sandovalina, que possuem irregularidades e pontos a serem melhorados, antes que ocorra o possível fechamento temporário.
Mas antes que a interdição ocorra, há uma certa tolerância diante dos problemas. A gerente regional da Cetesb, Shahine Paccola, explica que quando uma possível irregularidade é encontrada, o município em questão é notificado, pode sofrer multa e, logo em seguida, multa diária, caso não haja resolução. “A interdição do aterro sanitário é uma alternativa utilizada em último caso, que acompanha, na verdade, uma proposta de interdição”, conta.
O assunto voltou à tona depois que o depósito de Presidente Venceslau foi interditado pela companhia ambiental nesta semana. Ainda de acordo com Shahine, o local tinha muito lixo descoberto, com muitas aves no entorno. “Neste ano, o aterro de Venceslau foi o único que fechou e a gente espera que a situação não se repita em nenhum local”, considera. Nos próximos dias, a Cetesb espera realizar uma nova vistoria para julgar a reativação do local ou não.
Mas até que isso ocorra, a administração municipal de Venceslau relata que os entulhos recolhidos estão sendo depositados no aterro sanitário de Caiuá, cidade vizinha. “Os trabalhos já estão sendo realizados desde terça-feira”, conforme comunicado da municipalidade. A coleta seletiva da cidade não foi interrompida.
Esforços
Em resposta à situação apontada, o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente de Sandovalina, Aloisio Vital Padovan Júnior, diz que o aterro sanitário não tem mais espaço e já está na sua fase final. “Estamos adquirindo uma nova área. Tem algumas pendências ainda, mas estamos regularizando e esperamos começar a operar no novo local até início do ano que vem”, explica. A licença do local venceu em dezembro do ano passado, mas a Cetesb emitiu autorização para trabalhar até o fim deste ano.
Já em Álvares Machado, a Assessoria de Imprensa do Poder Executivo informa que o órgão municipal realizou algumas adequações no vazadouro, “como, por exemplo, isolamento da área e a cobertura de área dos resíduos coletados ao dia, não ficando mais expostos”. A municipalidade ainda lembra que está entrando no Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista, junto a Presidente Prudente.
Por sua vez, a administração pública de Euclides da Cunha Paulista admite as irregularidades, mas garante que contratou uma assessoria para regularização da área, junto à companhia ambiental. “Estamos trabalhando para corrigir pendências, que dependem de recursos financeiros e que, por isso, não são possíveis de serem realizados dentro do prazo que gostaríamos”, expõe o prefeito da cidade, Christian Fuziki Ikeda (PSD).