21 pessoas são presas por fraude em seguro-desemprego

Investigação é conduzida pela Polícia Federal em Presidente Prudente, após vítima registrar ocorrência no município

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 16/04/2019
Horário 14:46

A Polícia Federal deflagrou ontem a segunda fase da Operação Mendacium, que desarticulou uma organização criminosa especializada na prática de fraudes para recebimento indevido de seguro-desemprego. A investigação, conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Presidente Prudente, cumpriu 21 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP), Mauá (SP), Porangatu (GO) e Ibicuí (BA).

De acordo com o órgão federal, a investigação começou em outubro de 2017, na Delegacia em Prudente, a partir da denúncia de um trabalhador que identificou que uma pessoa estaria recebendo seguro-desemprego em seu nome. Diante da informação, foram identificadas 408 empresas inexistentes, sendo que grande parte da organização criminosa havia feito uso para o recebimento fraudulento de benefícios de seguro-desemprego.

Na primeira fase da investigação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Taboão da Serra (SP), ocasião em que os líderes da organização criminosa foram encontrados em um escritório, na posse de inúmeros documentos falsos, apetrechos para a falsificação de documentos, material de informática e aproximadamente R$ 420 mil em espécie.

Em atividade

Segundo o policiamento, após análise dos materiais apreendidos foi possível identificar outros membros do grupo, sendo eles ocupantes dos níveis inicial e intermediário, que continuaram em atividade mesmo após as prisões ocorridas na primeira fase da investigação. Conforme a investigação, a ação demonstrou “a necessidade do cerceamento preventivo de suas liberdades”.

No decorrer do inquérito, o Ministério da Economia apurou que entre os anos de 2015 e 2019, o grupo investigado recebeu R$ 20.554.079,21 em benefícios de seguro-desemprego fraudulentos. Desta forma, com a descoberta da prática criminosa houve o bloqueio no valor de R$ 10.571.880,23 que, conforme a polícia, seria obtido pelo grupo em parcelas a vencer do benefício em questão.

 

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