A concentração tomava conta do ambiente. Mesas repletas de papeis riscados e computadores eram ocupadas por estudantes e profissionais que buscam a oportunidade de adquirir conhecimentos na área do empreendedorismo aliado à tecnologia e inovação. Na manhã de ontem, cerca de 100 pessoas distribuídas em 17 equipes, participaram da segunda edição do Hackaton, na Fundação Inova Prudente, em Presidente Prudente. O evento, que iniciou na sexta-feira e finaliza hoje, é uma competição para desenvolver soluções de problemas apresentados por empresários do setor de varejo e turismo, que serão avaliados por um corpo de jurados.
De acordo com Rogério Alessi, titular da Secretaria Municipal de Tecnologia da Informação, os participantes são desafiados com problemas reais do setor de varejo e turismo – diferente da edição anterior em que o tema foi o setor imobiliário, apresentados por empresários da área. Diante das dores (denominação do problema), os participantes têm 64 horas para desenvolver uma solução inovadora que garantirá R$ 5 mil à primeira equipe mais bem colocada, e um curso de coworking na Fundação Inova Prudente aos três colocados.
“Cada qual tem um mentor, especialista de negócios e tecnologias, que orienta a execução da atividade para que ao final eles tenham a solução”, afirma Alessi, que acrescenta a importância da possível implementação da solução “não apenas para as empresas que vieram expor, mas a outras do mesmo segmento”.
Responsável pela parte de negócios da equipe, a participante Juliane Nardo, 22 anos, juntou a equipe responsável por um projeto anterior, e resolveu se inscrever no Hackaton. “Nosso problema é buscar uma solução para ajudar as governantas de grandes hotéis a melhor se organizar durante o trabalho. O legal disso tudo é a adrenalina que a gente sente, porque gostamos muito de aventuras”, comenta Juliane.
No mesmo grupo, Henrique Garcia Prieto Neto, 25 anos, ficou com parte de desenvolvimento e garante que a troca de ideias entre todos os envolvidos é “bastante importante”, o que contribui para a formação profissional.
Imprevistos ocorrem
O tempo para buscar as soluções “das dores” é de apenas 64 horas. Dentro deste espaço de tempo, é comum que ocorram imprevistos nos projetos, como o que ocorreu com o grupo da participante Maria Mirela Silva Brito, 19 anos, que, segundo ela, serviu de aprendizado. “Nosso projeto estava bem encaminhado, mas, depois de receber orientações, percebemos que estávamos desvirtuados do que a organização pedia. Então, tivemos que recomeçar do zero”, lamenta.
O grupo apresentará uma proposta de solução para diminuir as filas nas lojas de varejo. Duas opções foram pensadas. A primeira é criar um aplicativo para otimizar o pagamento, com a leitura do código de barras do produto pelo celular, sendo o caixa utilizado apenas para pagamento. Outra proposta é colocar um dispositivo na sacola que automaticamente lê o chip do produto, e facilita no pagamento. “Agora, vamos apresentar as ideais e aguardar o resultado”, comemora Maria.