O nível de emprego na região de Presidente Prudente terminou em saldo negativo no mês de junho. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que as 1.432 demissões superaram as 781 admissões, promovendo um déficit de menos 651 postos de trabalho. A situação foi pior para os setores da agropecuária e comércio que, respectivamente, tiveram os piores desempenhos regionais.
Na verdade, de modo geral (veja tabela), os únicos setores com saldo positivo foram os de extração mineral e construção civil. Juntos, eles mostram um superávit de 16 vagas de emprego. O que não compensa tanto a situação, já que na outra ponta da tabela, como informado, vem a agropecuária, com o déficit de 271 postos, seguido do comércio com -214 postos de trabalho.
O que pode ser estranho para a área rural, pensando que estamos em época de colheita da cana-de-açúcar. Mas o presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Carlos Roberto Biancardi, explica que a agropecuária é “muito sazonal”, pois, “mesmo que uma colheita comece, outra produção acaba. É um ciclo que fecha e outro começa”.
Dito isso, Biancardi mostra que em breve as vagas retornam novamente. “Isso mostra que não é uma surpresa esse número de demissões. Mas a gente espera que com o passar do tempo diminua, sem instabilidade”, pondera. O que ele não deixa de comentar é que existe sim uma crise nacional, de modo que o agronegócio em si tem enfrentado isso com “muita dificuldade”.
Já no comércio, o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente), Vitalino Crellis, já prevê uma melhora, pensando no início do segundo semestre do ano, que para ele é sinônimo de aumento nas vendas. “Acredito que haverá uma injeção financeira no comércio, uma vez que o governo liberou a primeira parcela do décimo terceiro para os aposentados, bem como a liberação do PIS/Pasep [Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público]”, avalia.
Sobre o mês de junho, Vitalino diz que era esperado um cenário negativo, pois as vendas em abril e maio não foram “nada boas, o que é inédito, porque sempre são meses bons”. Para ele, isso é culpa do frio, “que ainda não chegou, e congelou as vendas previstas nos meses anteriores”.
| NÍLVEL DE EMPREGO NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE | |||||||||
| Município | Extrativa mineral | Indústria de transformação | Serviços Industriais de Utilidade Pública | Construção Civil | Comércio | Serviços | Administração Pública | Agropecuária, extração vegetal, caça e pesca | Total |
| Adamantina | 0 |
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