O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) atualizou ontem os mapas de 261 municípios que tiveram mudanças de área e de limites entre maio de 2017 e abril de 2018, e mesmo o Estado de São Paulo não estando dentro dessa atualização, o levantamento possibilitou mostrar que a 10ª RA (Região Administrativa) está compreendida no espaço de 23.780,144 quilômetros quadrados. O dado é o mesmo de 2017, já que a região não apresentou alterações, mas ainda não havia sido trabalhado, e mostra que Rancharia possui a maior extensão, com 1.587,498 km². “A maioria dos municípios brasileiros não costuma sofrer alterações em seus limites e isso não implica em nenhum prejuízo”, informa o IBGE ao ser questionado sobre a não alteração de limites na região.
As alterações, quando presentes, segundo o instituto, têm impacto na quantidade de habitantes desses locais, já que essas mudanças fazem com que algumas regiões, e consequentemente seus moradores, passem a integrar municípios vizinhos. O IBGE lembra que as atualizações influenciam também em estudos e pesquisas demográficas, como as estimativas da população, calculadas todos os anos pela instituição. “Como estamos vendo melhor o território, o desenho do Brasil é melhorado a cada ano. E isso tem um efeito na quantidade de eleitores, de serviços e na população de uma forma geral”, explica o coordenador de Estruturas Territoriais do IBGE, Roberto Tavares, por meio da assessoria de imprensa.
A segunda maior extensão, depois de Rancharia, é Teodoro Sampaio, com 1.555,803 km² e Presidente Epitácio, com 1.260,281. Presidente Prudente ficou em 14º lugar. Os últimos municípios do ranking são Pracinha (63,054) e Nova Guataporanga (34,158).
“Normalmente, não há muitas alterações entre os 5.568 municípios do país, só em casos extraordinários. Geralmente são municípios com limites fluviais - sujeitos a redefinições, quando os rios mudam seu curso, ou que, em alguns casos, tinham algum questionamento quanto ao traçado de seus limites. São casos muito específicos, que geralmente são decididos na Justiça ou pelas assembleias legislativas dos estados”, informa o IBGE.
Portanto, a instituição lembra que não se trata de uma evolução e sim de um acerto ou ajustamento, que melhor representa a definição dos limites, o que faz com que as mudanças não acarretam nenhum prejuízo aos municípios.