​​​​​​​O engessamento e o monopólio

Monopólio é entendido como comércio abusivo que consiste em um indivíduo ou grupo tornar-se único possuidor de determinado produto para, na falta de competidores, poder vendê-los ou comercializá-los, por preços exorbitantes. Também privilégio legal, que possui uma pessoa, uma empresa ou um governo, de fabricar ou vender certas coisas, de explorar determinados serviços, de ocupar certos cargos. É o velho jargão do, “sua majestade o bebê”, onde se vive na terra do “É tudo meu”.

Sou de São José do Rio Preto e resido em Presidente Prudente há quase 30 anos, e visito meus pais sempre. Muitas vezes, vou a São Paulo por lá e de ônibus. Há muitas empresas que prestam esse serviço, como por exemplo; Cometa, Itamaraty, Garcia, etc. E muitas outras. De forma que o consumidor, evidentemente, sai ganhando. Pode escolher e exercer seu direito de livre arbítrio.

Há também uma empresa chamada “Levare”. É o sonho de consumo de qualquer cidadão. Respeito, ética e dignidade ao consumidor são evidenciados na hora da compra da passagem. Na realidade não é nada demais, fazem o normal. Nós é que não estamos acostumados a ser tratados com esses quesitos acima descritos.  Para quem viaja sempre, e deseja uma boa viagem, e realmente sabe o verdadeiro valor legal de uma passagem até o seu destino não irá esquecer esse nome-empresa Levare.

Descrevendo suas especificidades vão achar que, ou é utopia, ou estou sonhando. Seu preço é acessível, sua acomodação é confortável ao extremo. São leitos com cortinas para privacidade. Há internet, televisão, salas Vips para embarque, desembarque e rodo-moça servindo durante a viagem sucos, águas, lanches. A última viagem que fiz de lá para São Paulo foi com o custo de R$ 167, e não faz muito tempo. O monopólio engessa devido à ausência do direito da liberdade pela escolha, mesmo sabendo que o produto agride nossa inteligência. Na falta de competidores quem perde é o consumidor. Ficamos reféns de produtos com ampla autonomia, que ferem nossa capacidade cognitiva, intelectual, raciocínio lógico, e do pensamento.

No tramitar da Idade Média, uma grande parte da população não tinha acesso ao conhecimento, nem o básico que é ler e escrever, e não tinha nenhuma perspectiva na vida de reter tais conhecimentos. Havia os mosteiros medievais como edifícios do saber. A contemporaneidade reverbera esse tempo quebrando quaisquer muralhas que impeçam a evolução. Não houve quebra de paradigmas e hoje, toda a tecnologia que envolve o produto dos relógios suíços caíram por terra. A falta de investimento no produto, cristalização e zona de conforto, levam a estagnação provocando entrada natural, de excelentes marcas de relógios. O progresso é inevitável. A concorrência gera transformações e grandes avanços. Onde todos saem ganhando. Vejam como, atualmente, as redes de supermercados invadem Presidente Prudente de forma maciça. Há espaço para todos. Analiticamente falando, podemos pensar que o monopólio tem características de uma relação estéril, onde não fecunda tampouco fertiliza. “Uma andorinha só, não faz verão”, é um ditado popular, significando que uma única pessoa não pode mudar o mundo, é preciso que várias pessoas, empresas, grupos, se juntem para fazer as coisas acontecerem.

 

 

Publicidade

Veja também