Quando anunciada a reestruturação do programa Mais Médicos, no fim do ano passado, das 40 vagas disponíveis na região de Presidente Prudente, mais da metade eram ocupadas por profissionais cubanos, isto é, 24 - o que resultou na reposição da mesma quantidade de postos. Meses depois, recentemente, o Ministério da Saúde anunciou a desistência de 1.052 médicos no território nacional, contudo, nenhum caso foi em município regional.
Aos olhos do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) em Presidente Prudente, não há uma característica regional específica que possa explicar esse comportamento dos profissionais. O conselheiro regional do órgão, médico Henrique Liberato Salvador, vê como “sorte” o que ocorreu por aqui.
Para ele, esta realidade vai na contramão do cenário nacional diante das desistências. “O que aconteceu, quando ocorreram as retiradas e a mudança de governo, foi coincidir o período com a época de formaturas, e alunos prestando exames de residências. Mas, sem saber se passariam ou não, tentaram garantir um emprego por meio do programa”, comenta. Com a aprovação, Henrique Salvador argumenta que muitos optaram por desistir, com o objetivo maior na residência, priorizando assim uma vontade primária.
Mudanças
O número de reposições feitas nas cidades regionais que possuíam estrangeiros no seu quadro de funcionários começou em novembro, conforme edital publicado pelo órgão ministerial no DOU (Diário Oficial da União). Como noticiado por este jornal na época, 17 municípios tinham vínculo com o programa, no entanto, apenas 11 passaram pelas mudanças.