“Hoje você tem que ser visto, deve anunciar no jornal, mas inovar”

Willy Macedo, CONSULTOR DE NEGÓCIOS

José Reis -  Consultor de negócios relata o impacto da tecnológica no mercado imobiliário e como ela pode contribuir para o desenvolvimento do setor
José Reis - Consultor de negócios relata o impacto da tecnológica no mercado imobiliário e como ela pode contribuir para o desenvolvimento do setor

Há 21 anos no mercado imobiliário, o consultor de negócios Willy Macedo, da Willy Imóveis, é um adepto as novas inovações e tecnologias. Sua filosofia de trabalho está fundamentada no profissionalismo e respeito ao cliente e na criação de negócios sustentáveis, onde todas as partes saem vitoriosas. Recentemente, lançou um projeto inovador a qual foi o primeiro a publicar um anúncio com QR Code nos Classificados de O Imparcial. Diante deste cenário de inovação, nesta edição, ele relata o impacto da tecnológica no mercado imobiliário e como ela pode contribuir para o desenvolvimento do setor.

O Imparcial: Como o senhor avalia o atual mercado imobiliário de Prudente?

Willy: O mercado mudou muito, iniciamos como corretores de imóveis e hoje somos consultores imobiliários, pois hoje cuidamos da gestão dos negócios, seja para a vida pessoal ou para a vida de negócios. A assessoria que nós proporcionamos hoje é muito além do que só vender uma casa, nós temos que conhecer a pessoa, o desejo dela, saber o para que ela precisa para comprar aquele imóvel para benefício da família. E, partindo para o lado comercial, o local onde essa pessoa pode conseguir o melhor retorno do investimento que ela está fazendo, para que no futuro permita dar continuidade nos negócios. Então hoje passamos a ser consultores de negócios no mercado imobiliário.

O senhor foi o primeiro do setor a publicar um anúncio com QR Code nos Classificados deste diário. Como a tecnologia e a inovação contribuem para o desenvolvimento desse setor?

Hoje você tem que ser visto, deve anunciar no jornal, mas inovar. A pessoa hoje carrega consigo uma tecnologia, que é o celular. Se ela quer ver um imóvel seu, tem de chegar rápido nele. A informação tem de estar no mundo inteiro e você precisa estar nessa informação. Nesta ocasião do QR Code, ela pode usar o celular, pois é o instrumento que tem. Com isso, já está dentro do seu negócio imobiliário. Ele não exige que a pessoa digite telefone, e-mail, site, elimina qualquer trabalho. Então, o jornal se torna uma ponte para poder chegar no seu negócio e esse tipo de situação eu vejo que a cada dia vai aumentar mais e mais, seja onde for. Quando você fala em uma imobiliária, ela é uma empresa que tem praticamente dois negócios totalmente distintos. Temos um setor de vendas e um de locação, então e muito distinto, por isso falo que hoje cada vez mais tem que se profissionalizar, pois a pessoa que não se profissionalizar ela está fora do mercado. Quem não investir hoje em tecnologia, ficará de fora do mercado.

O prudentino prefere comprar ou locar imóveis?

Hoje você tem que entender muito bem o mercado e as necessidades do cliente, porque às vezes a pessoa chega para poder alugar um imóvel, mas ela tem o potencial de compra e não sabe que tem. Quando você demonstra isso para ela, porque o sonho de todo mundo é ter uma casa própria, ela adquire.

Quais as maiores mudanças no segmento imobiliário?

O mercado como um todo mudou muito, o mundo está mudando, eu tenho percebido que não sabemos onde vamos chegar, mas sabemos que nós temos que chegar. Nós temos que dar o start, nós temos que dar o início. Hoje você tem que ir além de trabalhar com anúncios em jornais, tem que ter toda uma mídia por trás de você, quase uma agência de publicidade cuidando 100% de tudo. Então, quando você pega um imóvel para locação, hoje os investimentos são maiores e os proprietários de imobiliária têm que entender que mudou, pois o mercado não é mais o mesmo.

E como o empresário se adequa ao mercado?

Hoje, para podermos atender melhor a expectativa do cliente, temos que trabalhar cada vez mais com exclusividades, ou seja, os imóveis que você tem, sejam eles poucos, você trabalhar de maneira adequada dar assistência para eles. Quando você se apresenta como uma imobiliária adequada para o cliente, ele vai compreender que a imobiliária vai prestar essa assistência, mostrar quem visitou, o que aconteceu, o que a pessoa pensa sobre o imóvel dele. Hoje essa questão da exclusividade nos negócios é uma tendência muita alta, seja isso no setor de vendas ou no setor de locação. 

Quais as exigências ao profissional da área?

Há seis anos montamos a Unimob (União das Imobiliárias de Presidente Prudente), que tem como objetivo auxiliar o mercado prudentino para estar cada dia com corretores preparados para as atuais necessidades. Com isso, estamos promovendo encontros onde convidamos todas as pessoas envolvidas no setor imobiliário, independente de serem associados, trazendo o conhecimento e inovação para o incremento do mercado de nossa cidade e região, acreditando que ao promover o desenvolvimento dos profissionais do setor imobiliário, estaremos melhorando as relações profissionais e negociações como um todo.

E os atrativos de Prudente ao segmento?

Eu vejo Prudente com bons olhos, porque é um local sem violência, qualidade de vida e muita gente de fora, incluindo investidores e incorporadores, olha isso com bons olhos. Eu vejo que teremos um crescimento gradual e vamos nos preparar para os próximos meses.

Quais foram os avanços ao longo de sua carreira?

Quando eu iniciei o trabalho era muito simples. Eu tenho até um caderninho que guardo com muito carinho. Andava com ele e apenas separava o que era compra de aluguel, depois, quando tinha um cliente, procurava os negócios que tinha e tentava fazer essa ligação. Hoje mudou muito, antes era primordial você ter os imóveis, então com esse caderninho você tinha seus imóveis e arrumava os clientes para ele, hoje não. Hoje o importante é você ter o cliente que vai investir. É importante você ter o imóvel? Sim! Mas, por exemplo, você tem o cliente, mas não tem o negócio, então você procura, dentro de parcerias, encaixar esse cliente.

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