Grafite proporciona conhecimentos e diversão aos jovens

Leozinho ofereceu a oficina com o objetivo de que os adolescentes tenham contato com a arte, e exercitem a organização

VARIEDADES - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 26/07/2019
Horário 05:40
Foto: José Reis - Segundo Leozinho o grafite é capaz de despertar nas crianças a criatividade e as noções de organização
Foto: José Reis - Segundo Leozinho o grafite é capaz de despertar nas crianças a criatividade e as noções de organização

Na tarde de ontem, 16 crianças/adolescentes de 9 a 14 anos participaram de uma atividade bacana que há quatro anos consecutivos faz parte da programação de férias do Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antônio Sandoval Netto de Presidente Prudente. Uma oficina de grafite com o produtor cultural da Secult (Secretaria Municipal de Cultura), e artista grafiteiro Leonardo Ferreira, 43 anos, o Leozinho.

“É preciso organização para poder pintar e a troca de materiais entre eles, é o maior objetivo da oficina. A proposta da oficina é fazer com que os participantes tenham contato com a arte do grafite, uma vez que, a cidade sofreu em certa época com vandalismo em prédios públicos e privados e as pessoas confundem. Grafite é arte e pichação é vandalismo”, enfatiza o produtor cultural.

As atividades da quinta-feira consistiram na customização das mesas de veraneio localizadas nos fundos do museu. Leozinho explica que o governo municipal, por meio da Secult, tem o objetivo de deixar a cidade mais bonita através de projetos de decoração com a grafitagem, e a oficina pretende, justamente, que o contato com essa arte seja, não só visual, mas na prática.

A medir pela empolgação, a oficina não deixou a desejar. A jovem estudante Amanda Marra Pendeza, 12 anos, ressaltou a importância de eventos como esses durante as férias escolares. “A maioria das crianças ficam apenas no celular, e eu acho que isso é mais divertido, ter contato com pessoas”, ressaltou Amanda.

O estudante Felipe Nardim Palacio, 11 anos, contou à reportagem que já havia realizado pintura em outras ocasiões, e foi por esse motivo que decidiu participar da oficina. Ao contrário de Isabel Pian Piereti de 12 anos que disse sempre apreciar os grafites espalhados pelos muros da cidade, mas confessou nunca ter realizado este tipo de trabalho artístico, até ontem, é claro. “Grafite é arte, já a pichação é uma coisa bem diferente, é errado”, pontuou Isabel.

É possível notar nos olhos do produtor cultural a satisfação de ver os jovens se empenhando na execução da arte, e nos olhos dos pequenos a alegria de estar ao ar livre brincando e aprendendo. É um show de cores, formas e conhecimentos. Não há exagero em falar que depois dessa oficina, o museu ficou ainda mais bonito.

Foto: José Reis - Amanda diz que as atividades ao ar livre são mais legais e recompensadoras que o celular

Hoje, ocorre a última oficina da programação de férias. Segundo a coordenadora do museu Valentina Terescova Romeiro Flores, 44 anos, 20 crianças entre 8 e 12 anos aprenderão o ciclo da água a partir de terrários, que são sistemas que imitam o planeta terra em miniatura, realizados, normalmente, em recipientes de vidro. Ela enfatiza que os eventos de toda a semana foram um sucesso.

Foto: José Reis - Isabel nunca havia praticado a arte do grafite, realizou, na oficina, uma vontade antiga

Foto: José Reis - Foi por gostar de pintura que o jovem Felipe decidiu participar da oficina

 

 

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