Vivemos um movimento internacional que visa transformar o ser humano com manipulação genética, ou seja, formar homem-máquina para aumentar suas capacidades intelectuais, físicas, emocionais, sensitivas, psicológicas, intuitivas. É a chamada transumanidade que visa criar seres humanos próximos à perfeição. Mas, quais serão as consequências?
Pesquisadores chineses realizaram, pela primeira vez na História, experimentos com modificação de genes de embriões humanos, fazendo assim voltar a controvérsia de questões éticas: A modificação de embriões humanos pode ter consequências imprevisíveis sobre as gerações futuras, o mais grave, pode ser irreversível.
Há também questionamento de seu uso em iniciativas de eugenia, que prega a “melhoria” das populações e eliminação ou esterilização dos “indesejados”, ou seja, dos embriões que não forem superiores ao humano atual. O chinês Huang procura driblar os questionamentos éticas dizendo que usa nos experimentos embriões humanos que não resultariam em nascimentos, os obtidos em clínicas de fertilidade. Seria argumento confiável? Qual intenção, então, desses experimentos?
Veja, caro leitor, o risco que a humanidade pode adentrar. Vivemos numa época em que os cientistas são tão enaltecemos e que tudo podem, como fora enaltecido, o clero que podia tudo na Idade Média, o que o conduziu à sua deterioração naqueles séculos. Todo endeusamento é perigoso, muito perigoso! Portanto, as teorias científicas e as inovações tecnológicas devem ser avaliadas em suas implicações através de constante controle crítico da sociedade porque é esta que paga o preço de progressos destrutivos. Ensinou Charles Chaplin: “Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela, porque a máquina que produz a abundância, produz também a penúria. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade, mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, tudo será perdido”.
