África e Brasil se encontram no Sesc para dançar

Oficinas de dança são oferecidas durante toda a semana e procuram, além de estimular o físico, levar informações e desmistificar preconceitos culturais

VARIEDADES - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 25/09/2019
Horário 07:12
Marco Vinicius Ropelli: Ritmo envolvente cativou os participantes na manhã de ontem; oficina segue até domingo
Marco Vinicius Ropelli: Ritmo envolvente cativou os participantes na manhã de ontem; oficina segue até domingo

O ritmo envolvente das músicas africanas fazia, mesmo os que não participavam da oficina, acompanharem, com os pés, as batidas do som. A professora Lisie Alves Xavier guiou cerca de 20 pessoas pela história e cultura afro-brasileiras através da dança, na manhã de ontem, no Sesc Thermas de Presidente Prudente.

Mais que simplesmente explicar os passos e movimentos, Lisie contextualiza a dança, fazendo referências às forças da natureza como água, terra, fogo e ar. Em um desses momentos, Lisie explica um movimento com os braços, em que os participantes simulam estar colocando pulseiras. “Nesse momento foi referência à Oxum, um Orixá do ouro, do amarelo, bem amorosa, bem vaidosa. Ela é cheia de ouro, então, por isso, que colocamos a joias, colar, pulseira, para fazer referência ao Orixá. Nós trazemos essa cultura, essa história, é importante ter uma pessoa que tenha vivência para passar esses conhecimentos”, conta a professora.

Lisie destaca, ainda, que a dança afro-brasileira age muito além da questão física, atuando, inclusive nas desmistificações. “A importância é a cultura afro-brasileira em sí, desmistificar algumas coisas como a intolerância religiosa, pois falamos de orixás, existem movimentos que fazem referência à força da natureza”, completa.

Para o corpo e mente

A educadora de atividades físicas do Sesc, Aline Gomes Uehara, salienta que a programação de atividades com danças de diversas culturas foi um sucesso. “Com o ritmo, as pessoas já se encantam, ouvem uma música e começam se mexer. A ideia é trazer um pouco da história, da cultura de diversas regiões do mundo. Começamos com as danças árabes, depois as danças havaianas, latinas, e fechamos com as afro-brasileiras, fazendo com que as pessoas internalizem do que é esse corpo de cada região”, enfatiza Aline.

A educadora destaca que o ideal das atividades é trabalhar aspectos cognitivos e socioafetivos dos participantes: A coordenação, atenção, o olhar para o próprio corpo, a tentativa de reproduzir movimentos fazendo com que o corpo tome formas diferentes a cada estilo e a cada ritmo.

Programação

A oficina de danças afro-brasileiras segue durante a semana e é aberta ao público de qualquer idade. Todas as aulas duram, em média 1h.

Dia 25 – Às 8h30, 10h, 17h, 19h.

Dia 26 - Às 8h30, 10h, 15h, 17h, 19h.

Dia 27 – Às 8h30, 10h, 17h, 19h.

Dia 29 – Às 10h


 

 

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