A meta municipal acerca da imunização de crianças de 1 a 5 anos incompletos, contra sarampo e poliomielite, em Presidente Prudente, é de 10.319 pessoas, conforme a VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal). Mas o número está longe de ser batido, se pensar pelo desempenho do “Dia D”, ontem, que deu o pontapé inicial na Campanha Nacional de Vacinação contra ambas as doenças. A procura nos postos de saúde foi considerada baixa, em vista do público esperado.
Na UBS (Unidade Básica de Saúde) Centro - Palácio da Saúde, por exemplo, considerada como local de referência e maior movimentação, já foi possível constatar a baixa procura. No início da manhã, a reportagem passou pelo local e não havia ninguém para ser vacinado. De acordo com a unidade, até por volta das 9h30, nove crianças tinham passado pelo procedimento. Por outro lado, um desempenho melhor, mas ainda considerado baixo, foi visto na UBS da Cohab, o Cohabão. Por lá, até por volta das 11h, 36 crianças já haviam sido vacinadas.
Entre os pais que compareceram, Letícia Tioci dos Santos, 26 anos, levou a filha Andressa, 3 anos. Única na UBS naquele momento, ela conta à reportagem que sempre está ligada nas campanhas e na caderneta de vacinação, pensando no bem da menina. “O único momento que ela supostamente pode ficar em atraso é no fim do ano, que ela faz aniversário e as unidades estão fechadas para recesso. Mas já é um costume nosso, em casa, se preocupar com isso. É importante que os pais se atentem”, completa.
A diretora da VEM, Elaine Bertacco, que o diga. Para ela, a baixa procura pela imunização é uma situação complicada, porque é resultado da falta de comprometimento dos pais. “Cabe a eles entenderem a gravidade das doenças e a importância da imunização. Não é uma gripe que você vai à farmácia e compra remédio. A gente mobiliza um dia específico, pensando na falta de tempo ao longo da semana, e aí não tem comparecimento”, lamenta.
Lembrando que a meta geral do Ministério da Saúde é atingir no mínimo 95% do público-alvo. Elaine também se lembra dos números, além de um possível retorno da doença no país, no caso da poliomielite. Para quem não sabe, a patologia foi considerada erradicada no Brasil na década de 90, e o sarampo, por sua vez, em 2016. No entanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) despertou o alerta sobre as enfermidades. “O país já voltou a registrar cinco mortes por conta do sarampo”, conta Elaine.
Por fim, a diretora da VEM faz um apelo aos pais, para que ao longo da campanha tenha o comparecimento. “A criança não tem consciência de que ela precisa dessa imunização. Então, cabe aos responsáveis fazer esse intermédio. São doenças fáceis de controlar, se houver a colaboração de todos”, reforça.
SERVIÇO
A Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo e a Poliomielite vai até o dia 31 deste mês. Entretanto, no dia 18 - sábado -, haverá outro “Dia D”, com as 29 salas de vacina de Prudente abertas das 7h às 17h.
