A Intepp (Incubadora Tecnológica de Presidente Prudente) tem como objetivo oferecer condições para que as empresas de base tecnológica se capacitem nos primeiros anos de sua constituição, para que elas estejam preparadas para competir no mercado. Na entrevista abaixo, o gerente da incubadora, Diego Andreasi, comenta sobre os benefícios, diferencial para quem faz parte da equipe e sobre os desafios de fomentar o empreendedorismo de base tecnológica na região.
O que seria uma incubadora tecnológica?
É um local onde prestamos auxílio para pessoas que têm uma ideia de negócio na área da tecnologia e inovação, ou algum tipo de produto que tenha características inovadoras. Recebemos aqui um público que tem essa ideia, mas muitas vezes não tem a experiência para transformá-la em um modelo de negócio. Então é quando a incubadora presta esse auxílio, com a infraestrutura disponível com salas climatizadas, internet, com muitos parceiros que disponibilizam um auxílio jurídico capaz de transformar tais ideias em um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), que é quando ela é considerada graduada e precisa ir para o mercado, para que outra ideia entre e nasça aqui.
E por que o nome de incubadora? Qual a comparação existente no nome?
A incubadora pode ser de fato comparada a uma incubadora de bebês, essa é a analogia, já que possui a mesma finalidade de dar aquele suporte e auxílio para que o bebê, no nosso caso as ideias, saia mais forte.
Qual o diferencial para as empresas que participam?
Temos custos extremamente acessíveis, caso ela precise de uma sala, por exemplo, capacitação, ajuda com material publicitário, auxílio jurídico, contábil ou estratégico. Temos isso de uma forma muito mais acessível, que é o nosso objetivo, já que a galera passa por aqui normalmente por cerca de um ano e nesse período sabemos que a empresa não tem receita. Além disso, o contato com os mais diversos níveis de desenvolvimento de empresas aqui é valioso, elas podem trocar ideias.
Existe um limite pelo qual as empresas podem ficar na incubadora?
Sim, você pode ficar por dois anos, período renovável por mais um ano, que é o tempo máximo que uma ideia tem que virar. Se passar disso, costumamos dizer que é quando o projeto precisa mudar seu modelo de negócios e partir para outra.
Sobre as ideias, podemos dizer que elas são startups?
Como somos da área da tecnologia, consideramos sim como startups, diferente de um modelo tradicional. O nosso foco é em projetos inovadores. A startup tem um modelo com base, na maioria das vezes, no ramo tecnológico e tem um modelo de negócios escalável, que é quando você pode, com poucos recursos e pessoas, vender seus produtos para o Brasil todo, diferente de você abrir um espetinho, por exemplo, que para vender mais você precisará de mais funcionários, transporte e estrutura. Além disso, as startups atuam no mercado incerto, diferente do tradicional. As coisas ocorrem conforme você vai elaborando a ideia.
Você diria que esse modelo de incubadora tem dado certo?
A taxa de insucesso de uma startup é bem maior do que uma empresa tradicional, justamente por ser um mercado incerto e que concorre com todo o Brasil ou até mesmo em nível internacional. Em Prudente, costumo dizer que o ecossistema – composto por incubadoras, universidades, Prefeitura e investidores – ainda é uma semente, estamos aflorando agora, mas tem dado certo sim e as graduações de empresas comprovam isso. As coisas acontecem, mas é preciso empenho e dedicação para que o negócio dê certo. De qualquer forma, nossos dados mostram que as coisas estão no caminho certo, porque hoje temos 12 empresas aqui dentro com mais de 30 pessoas, além de pelo menos 18 já graduadas e dentro do mercado.
Existe algum setor dentro da tecnologia que tem ganhado espaço nas incubadoras?
Os mais conhecidos pelos números que essas empresas alcançam são os ligados à área de aplicativos. Dentro desse ramo há vários modelos de negócio, e o que tem dado muito certo é o modelo de plataforma, que é quando você interliga o prestador de serviços com os usuários. Por outro lado, o que buscamos e temos mais dificuldade de encontrar são os produtos com características inovadoras
Por fim, quem se interessar pode te procurar por quais canais?
A incubadora tem como mantenedora a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), por isso a sede fica na Rodovia Raposo Tavares, Km 572, Bloco B1 – Térreo 1 – bairro Limoeiro, em Presidente Prudente. O e-mail para contato é o: diego@intepp.com.br ou pelo telefone 3229-3283. A partir desse contato, agendaremos uma reunião de alinhamento para entender quem são os clientes, o produto, como ganhar dinheiro e alinhar as ideias. Só precisa ter uma ideia e vontade para que dê certo.
