Cotidiano

Sessão com Weintraub tem xingamentos e ameaça de briga na Câmara

  • 15/05/2019 21:28
  • ANGELA BOLDRINI E PAULO SALDAÑA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A sessão que ouviu o ministro da Educação, Abraham Weintraub, na Câmara nesta quarta-feira (15) teve uma série de confusões entre deputados da base e da oposição.  Durante uma confusão, parlamentares ameaçaram se bater no plenário da Casa.  As deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), foram contidas por seguranças.  No mesmo momento, os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Éder Mauro (PSD-PA), trocavam xingamentos. "Vamos ver se você é homem lá fora", gritava o delegado bolsonarista.  "Sai daí, fascista, nazista", gritou Ivan Valente (PSOL-SP). "Sai você, papai Noel", rebateu um deputado da base --o parlamentar da oposição, de 72 anos, tem barba branca como a do bom velhinho.  No meio, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), conhecido por carregar sempre consigo uma Bíblia, levantava o livro sagrado cantando: "tá, tá, tá, o diabo tá repreendido", para a diversão de deputados do centrão que se aglomeravam em volta.  "Se cobrir isso aqui vira circo", brincou um deles, fazendo rir os demais.  A confusão começou no final da sessão, já esvaziada, em que Weintraub respondeu a questionamentos durante seis horas. Em outro momento de gritaria, pouco depois, o vice-presidente da Casa, Marcos Pereira (PRB-SP), tentava acalmar os ânimos. "Se vocês não se comportarem, eu vou encerrar a sessão."  Antes, outra gritaria havia explodido no plenário. O deputado André Janones (Avante-MG) subiu à tribuna para falar e tentava chamar a atenção do ministro.  "Tenha um pouco mais de humildade, que o senhor está aqui para ouvir todos, não só quem está aqui para puxar o seu saco", afirmou. Neste momento, a mesa diretora cortou o microfone do deputado, iniciando uma confusão.  O filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo (PSL-SP), reagiu: "fala logo, palhaço! Respeita o ministro, porra", gritou das fileiras de deputados.  Apesar das confusões, a sessão durou o tempo previsto, até as 21h. O ministro permaneceu na Casa durante cerca de seis horas respondendo a questionamentos em bloco feitos por deputados simpáticos ao governo e à oposição.