Cotidiano

Mulher joga filha do quinto andar de prédio na zona oeste de SP, diz polícia

  • 24/05/2019 11:02
  • PRISCILA CAMAZANO E DHIEGO MAIA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma criança de três anos caiu, na madrugada desta sexta-feira (24), do 5º andar de um prédio localizado na zona oeste da capital paulista. A Polícia Militar informou que foi acionada por moradores do edifício, localizado na avenida Corifeu Azevedo Marques, no Jaguaré, por volta da 0h30. A suspeita é de que a criança tenha sido jogada pela própria mãe, uma estudante de 29 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a mulher foi indiciada sob a suspeita de ter cometido os crimes de tentativa de homicídio e incêndio. A menina sobreviveu porque caiu sobre um veículo que entrava na garagem do edifício e amorteceu o impacto da queda. O motorista do carro, de 44 anos, acionou o serviço de resgate, e a menina foi levada com ferimentos leves para o Hospital das Clínicas. À polícia, o morador disse que só percebeu que a criança estava sobre o para-brisa quando saiu de seu carro. Ela foi encontrada enrolada a lençóis, um indicativo de que dormia quando foi retirada de seu quarto e lançada para fora do apartamento. A rede de proteção da janela por onde a criança pode ter sido jogada também foi cortada, segundo informou a Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros criou um grupo de negociação para socorrer a mãe da menina, que estava trancada e visivelmente abalada no interior da moradia. A tentativa de abordagem levou 2h, mas a mulher se negou a abrir a porta para ser atendida pelos bombeiros. Em visível quadro de surto, a moradora ateou fogo nas cortinas da janela. Para conter o incêndio e resgatar a mulher, os bombeiros arrombaram a porta da residência. Ao ver os bombeiros, a mulher, que já estava sentada sobre o parapeito da janela, caminhou para fora e também se jogou do quinto andar de seu apartamento. Ela foi resgatada inconsciente e levada ao Hospital das Clínicas. O estado de saúde dela é grave. A Polícia Civil já realizou perícia no local. O caso foi registrado no 91º DP (Vila Leopoldina).